Um grupo jihadista ligado ao Estado Islâmico divulgou um vídeo em que mostra a decapitação de um pastor no sul da Tunísia, acusado de colaborar com o exército do país.
Nas imagens, divulgadas na noite de domingo (22), o grupo Jund al-Khilafah ("Exército do Califado", em tradução livre), reivindica o assassinato de Mabruk Sultani, de 16 anos, morto há uma semana.
Os militantes também alertaram a população tunisiana que esse será o destino de todos aqueles que colaborarem com a Guarda Nacional no combate aos terroristas na região montanhosa, que faz fronteira com a Argélia.
A gravação mostra Sultani ajoelhado, com as mãos algemadas nas costas, enquanto era interrogado por um grupo de homens que insistiam para ele admitir que atuava como espião do Exército da Tunísia.
"Esse é o destino de todos aqueles que se somam aos tiranos na Tunísia contra os soldados do Califado", afirma o vídeo, que é finalizado com a decapitação de Sultani.
O relato oficial das autoridades aponta que após a decapitação os jihadistas entregaram a cabeça ao primo da vítima, de 14 anos, que estava com ele nas montanhas de Mghila, e ordenaram que ele a levasse de volta como um aviso aos moradores.
O corpo mutilado de Sultani foi encontrado um dia depois em uma área montanhosa da região de Kaserine, usada desde 2011 como refúgio pelos jihadistas tunisianos e área de treinamento para radicais provenientes de todos os pontos do Sahel, que depois partem para combater pelo EI na Síria e na Líbia.