Em reunião no Conselho de Igrejas de Cuba, a chefe do Escritório de Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido Comunista, Caridad Diego Bello explicou que o Estado cubano está trabalhando no resgate da memória histórica do país desde 2006, pois o vê como um importante legado para as gerações futuras. Ela agradeceu a cooperação das igrejas nesse processo.
Numa primeira etapa o trabalho concentrou-se na Igreja Católica e agora chegou a vez das evangélicas-protestantes e as associações fraternais, para depois encerrar com os demais grupos religiosos presentes na Ilha.
A presidente do Conselho Nacional do Patrimônio Cultural, Margarita Ruiz, explicou que o propósito principal do inventário é salvaguardar aqueles objetos e documentos de valor do qual, muitas vezes, não se tem consciência por desconhecimento.
"Vocês continuam sendo seus donos legítimos com absoluta potestade sobre eles. O objetivo é conseguir ter um controle sobre os mesmos para preservá-los de uma melhor maneira, além de cuidar de sua conservação com vistas à posteridade, disse.
A especialista do Arquivo Nacional, Dreque Alfonso, explicou que a instituição que representa trabalha pela preservação da memória histórica em papel, de todo documento que tenha valor testemunhal e histórico para o país, seja qual for sua procedência. As igrejas, disse, possuem um arsenal do qual, muitas vezes, não têm sequer consciência, quando muitos dos patriotas das lutas independentistas surgiram de seu seio.