
Mais ou menos três anos havia se passado, Pedro tinha um conhecimento considerável de Jesus, nesse período ele foi testemunha ocular de vários milagres realizados por Cristo, como a ressurreição de Lázaro, a ressurreição da filha de Jairo, contemplou vários cegos serem curados, leprosos serem purificados, viu e participou da multiplicação dos pães, enfim, Pedro também foi alvo de milagres que marcaram sua vida, como a pesca maravilhosa, a caminhada sobre as águas, e o que dizer da transfiguração? Antes, ao responder a respeito de quem era Jesus, havia feito a gloriosa declaração: “Tu és o Cristo, filho de Deus”. Como pode alguém que teve esse tipo de relacionamento com Cristo dizer que não o conhece? Jurar e praguejar, cortando assim todo vínculo de relacionamento com seu mestre?
Toda vez que eu leio esse texto me vem à memória o relato de um jovem do interior do Matogrosso que, em desabafo, me disse: “Pastor, por que é tão difícil ser fiel a Jesus? Por que não consigo, mesmo tendo o conhecimento de quem Ele é, e do que Ele fez por mim, ser forte? Por que tenho negado alguém que me ama tanto?”.
Esse é um dos maiores dilemas vivido por muitos dos seguidores de Cristo. Pessoas como você e eu, que conhecem o seu amor, o seu cuidado, a sua graça para com o pecador, no entanto, a exemplo de Pedro diante de algumas situações, negam-lhe. Por que isso acontece? O que falta em nós para sermos fiéis a ele, independente de onde estivermos? Será isso possível?
Sim, mil vezes sim, e a reposta a isso vem através do dialogo que Jesus teve com Pedro no mar de Tiberíades quando, em uma pergunta, ele revela a solução “Simão, filho de João, amas-me”. Só o amor corresponde ao verdadeiro discipulado, enquanto não houver amor não há compromisso, não há entrega, não há sacrifício. “Aquele que me ama, guarda os meus mandamentos” (Jo 14:15).
Qual é o segredo, então? “Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mt 22:37). Que a nossa oração seja: “Senhor, me ensina a te amar como tu me amas”.
- Pr. Arimateia Oliveira Costa