Muitos gostariam de ter evidências certificáveis e discerníveis da vida após a morte. Esse desejo e curiosidade sempre fez parte da vida do pastor e escritor Lee Strobel. Porém, sua jornada investigativa só começou após ele mesmo viver essa experiência.
Segundo ele, em seu livro “Um Caso Para o Céu — Jornalista Investiga Evidências da Vida Após a Morte”, best-seller do New York Times, há respostas confiáveis para as perguntas mais intrigantes sobre o que acontece após a morte. Em sua obra, ele fala sobre o céu e o inferno.
Strobel entrevistou estudiosos e especialistas respeitados, entre eles um neurocientista da Universidade de Cambridge, um pesquisador que analisou milhares de casos de experiências de quase morte e um filósofo ateu que se converteu ao cristianismo.
“A morte não é o fim da existência”
De acordo com o jornalista, “a morte é uma transição para um mundo excitante por vir, não é o fim da existência”, explica em seu livro. Ele também oferece informações sobre como é o céu e como as pessoas passam o tempo por lá.
O autor compartilha sua experiência na ocasião em que quase morreu, há 10 anos. Ele era um jornalista ateu, como ele mesmo se descreve, e se tornou um “apologista cristão capaz de inspirar milhões de pessoas”, disse ao Faithwire.
Strobel ponderava se a ciência está de acordo com a Bíblia e sua resposta definitiva é: “Com certeza, sim”.
Como tudo começou
“Há vários anos, quando quase morri, minha esposa me encontrou inconsciente no chão do quarto. Ela chamou uma ambulância. Acordei na sala de emergência e o médico olhou para mim e disse: Você está a um passo do coma e a dois passos da morte”, lembrou.
Depois disso, ele conta que “se viu pairando entre a vida e a morte”. Na ocasião, o jornalista já estava convertido e já era pastor. “Mas, eu ainda precisava encontrar evidências corroborativas da vida após a morte para apoiar os relatos bíblicos, apesar de já acreditar nas Escrituras de todo o coração”, esclareceu.
Segundo ele, as histórias mais convincentes vieram de experiências de quase morte durante as quais as pessoas estavam clinicamente mortas, mas muito cientes das circunstâncias que se desenrolavam ao seu redor.
“Mesmo clinicamente mortas, sua consciência, sua mente, seu espírito e sua alma continuavam a existir, a ver e experimentar coisas que parecem ser impossíveis para quem já morreu”, disse.
Assista (em inglês):
Artigos acadêmicos sobre experiências quase morte
Strobel explica que há muitos céticos em relação a essas experiências, especialmente quando as pessoas afirmam ter morrido e visitado o céu. Por já ter sido um cético, ele disse que entende a desconfiança, mas depois de ter vivido a experiência, descobriu que há muitas pesquisas e documentações existentes em torno desses relatos.
“Há pelo menos 900 artigos acadêmicos que foram escritos e publicados em revistas científicas e médicas nos últimos 40 anos, portanto, essa é uma área muito bem analisada”, apontou.
Strobel documenta no livro muitas histórias individuais. Uma delas fala de uma mulher chamada Maria, que estava clinicamente morta após um ataque cardíaco, mas de alguma forma ainda estava “consciente o tempo todo”.
“Ela disse que seu espírito se separou do seu corpo e que ela assistiu, do teto do hospital, os esforços dos médicos para reanimá-la”, contou ao detalhar que a mulher se viu flutuando, subindo os andares do hospital até sair para fora.
Após ser reanimada, Maria contou aos funcionários que viu um tênis masculino azul no parapeito do terceiro andar do telhado do hospital. Todos ficaram intrigados. Então, eles subiram e encontraram o tênis, exatamente como ela havia dito.
Medo da morte
Nem todas as experiências são agradáveis — entre as pessoas que quase morreram, nem todas relataram ter visto o céu, algumas também descrevem cenas que associam ao inferno.
Por conta disso, o escritor disse que pensava que as pessoas eram místicas ou que, provavelmente, eram mal interpretadas. “Achava que talvez elas estivessem sob privação de oxigênio e tiveram alucinações cerebrais”, explicou.
Entre muitas outras histórias contadas, o autor disse que muitos não acreditam porque têm medo da morte e preferem não pensar nisso. Ele cita o capítulo dois de Hebreus, onde a Bíblia diz que algumas pessoas se tornam escravas do medo de morrer. “Mas Jesus nos liberta desse medo”, ponderou.
Agora, como um cristão, Strobel reforça sua própria esperança do céu. “Eu quero cair aos pés de Jesus por me resgatar desta vida de falta de propósito e pecado e depravação e me derramar com esta graça imerecida. É a primeira coisa que quero fazer”, declarou.
“A segunda coisa que quero fazer é rastrear Lucas, o autor do Evangelho de Lucas e do livro de Atos, porque ele era uma espécie de repórter investigativo do primeiro século. Sim, é isso que quero fazer quando chegar ao céu”, concluiu.