O ataque, que aconteceu na noite de segunda-feira (20), em Jerusalém, destaca os conflitos impulsionados por extremistas religiosos que querem separar os sexos em espaços públicos.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que unidades policiais foram enviadas para conter a violência no bairro de Mea Shearim, onde cerca de 50 homens cortaram os pneus e atiraram os ônibus com pedras.
Os anúncios publicitários foram publicados pelo grupo Mulheres do Muro, que busca alcançar a igualdade de gênero no Muro das Lamentações, o lugar de oração mais sagrado para os judeus. Os anúncios mostram meninas e mulheres usando xales de oração e segurando um rolo da Torá - rituais visto por muitos judeus ortodoxos como reservada apenas para os homens.
As cerimônias do Bar Mitzvah para meninas só estão autorizados a acontecer em um local de oração nas proximidades, voltado aos adoradores que não seguem a tradição ortodoxa. Para os meninos, as cerimônias de Bar Mitzvah são realizadas na área principal do Muro.
"Esta é apenas uma manifestação sobre os papéis de gênero e a discriminação contra as mulheres e sua imagem", disse Shira Pruce, porta-voz do Mulheres do Muro. "Se fossem meninos nos anúncios, isso não seria uma notícia."
Muitos ultra-ortodoxos se opõem às Mulheres do Muro e enxergam o grupo como provocante. As mulheres têm sofrido prisões e batalhas judiciais na sua luta para ter o direito à adoração no do Muro como os homens.
Os extremistas tem enfrentado críticas da sociedade secular de Israel nos últimos anos, que se queixou sobre as tentativas de proibição de mistura dos sexos em ônibus, calçadas e outros espaços públicos.
Um tribunal no ano passado decidiu que as mulheres devem ser autorizadas a rezarem como quiserem, no entanto as Mulheres do Muro dizem que ainda são impedidas de orarem com um rolo da Torá no Muro.
Com informações de Huffington Post / www.guiame.com.br