Mohsen Araki, o líder islâmico conhecido por pregar a destruição de Israel, foi visto entrando no Brasil sem qualquer restrição. Imagens da TV Record mostram a chegada do aiatolá ao aeroporto de Guarulhos, nesta quinta-feira (27).
Segundo matéria do site da revista Veja, o líder teria sua palestra cancelada após manifestações contra sua vinda. O hotel "Novotel Center Norte", que receberia o encontro, publicou na última quarta-feira: "O evento com a presença do Sr. Mohsen Araki não será mais realizado no Novotel Center Norte".
A notícia da visita do líder foi recebida com forte reação contrária. É o exemplo de Teresa Bergher, secretária de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, que encaminhou um ofício aos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores solicitando a proibição de Araki na nação.
Indignação
O deputado federal Roberto de Lucena expôs sua indignação sobre a vinda do líder islâmico, em sua fanpage oficial. “É intransigente e inaceitável a visita do Aiatola do Irã, Mohsen Araki, em um evento público no Brasil! Estamos no mundo em uma luta constante pela paz e valorizar a cultura de paz significa prevenir conflitos e rejeitar a violência, resolvendo os problemas com diálogo”, publicou.
“Este senhor, prega a destruição de Israel! Dar voz à ele no Brasil é um desrespeito ao povo israelense, aos cristãos e a todo esforço mundial pela paz. Deixo aqui meu repúdio ao evento e minhas orações”, salientou. Outros líderes escreveram um alerta “contra qualquer discurso destinado a propagar o ódio entre nossas comunidades”.
Araki sustenta seu título de “aiatolá”, significando que ele é considerado, sob as leis do islã xiita, o mais alto dignitário na hierarquia religiosa. Ele faz parte do círculo mais próximo líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de quem é amigo pessoal desde a juventude. Representantes políticos, militares e religiosos do Irã vem frequentemente ameaçando Israel com a destruição.