O número de igrejas abertas, que estão sendo usadas para cultos no Reino Unido, caiu de cerca de 42.000 para 39.800 nos últimos dez anos. As estatísticas são da Brierley Research Consultancy, uma organização cristã de apoio às lideranças.
A pesquisa faz parte de uma campanha da National Chibraries Trust, uma instituição que apoia edifícios de igrejas de valor histórico, arquitetônico e comunitário em todo o Reino Unido.
Eles explicam que há uma tendência de igrejas sendo vendidas, demolidas ou convertidas em moradias. A situação piorou com as restrições da Covid-19, resultando na queda do financiamento e do número de fiéis”.
Claire Walker, CEO da Trust, observa que o fechamento de igrejas foi mais intenso nos bairros centrais. “É uma pena, porque é onde elas são mais necessárias. Elas são o coração pulsante das aldeias, vilas e cidades”, disse ao jornal britânico The Telegraph .
Outro fator importante que leva ao fechamento “é a falta de financiamento para manter as igrejas em bom estado”, explica Walker. Os últimos números mostram que a Igreja da Inglaterra terá que arrecadar £ 1 bilhão para financiar os reparos em suas 16.000 igrejas paroquiais nos próximos cinco anos.
O governo britânico forneceu recentemente £ 12 milhões para ajudar templos na Inglaterra, mas com mais de 900 igrejas no registro de igrejas históricas na Inglaterra, mais ajuda financeira é necessária, aponta o Trust.
Cenário futuro
Apesar dos números, a campanha Trust destaca que há esperança. “Cada vez mais igrejas estão se adaptando ao mundo moderno e às necessidades de suas comunidades”, afirmam.
Como parte de sua campanha, a Trust lançou uma pesquisa chamada “O Futuro das Igrejas do Reino Unido”, que visa abrir um espaço público de testemunhos de pessoas dizendo como essas igrejas já impactaram suas vidas.
Além do estudo da Trust, a organização Church Commissioners, que gerencia os investimentos das igrejas, divulgou recentemente um relatório que mostra que mais de 350 templos podem estar em risco nos próximos dois a cinco anos na Inglaterra.
Depois de consultar as dioceses, eles descobriram que 12 dioceses (regiões administradas por um bispo) estavam considerando até cinco fechamentos, 9 planejavam entre 6 e 12 fechamentos e 5 planejavam até 40 nos próximos dois a cinco anos.
No entanto, a Igreja da Inglaterra destacou que esse era “o pior cenário com base nas indicações que recebemos” e “o fechamento é um processo lento, e muitas vezes as dioceses não apresentam tantos quanto planejado”.