As mulheres — especialmente as cristãs — são mais religiosas do que os homens, de acordo com um estudo desenvolvido pelo instituto Pew Research.
Em muitas denominações religiosas, como a católica romana e a judaica ortodoxa, apenas homens podem fazer parte da liderança. No entanto, por muitas vezes, as fileiras dos fiéis são dominadas por mulheres, segundo o relatório.
Nos Estados Unidos, as mulheres são mais propensas a reconhecer a importância da religião e a orar com frequência. A tendência se tornou tão marcante que algumas igrejas estão, até mesmo, mudando sua decoração e estilo musical para atrair mais homens.
"As mulheres cristãs são mais religiosas do que os homens cristãos. Por outro lado, as mulheres muçulmanas e os homens muçulmanos demonstram níveis similares de religiosidade", aponta o relatório, observando que as mulheres muçulmanas não costumam ir à mesquita por causa das normas religiosas.
Enquanto 83% das mulheres em todo o mundo afirmam que fazem parte de um grupo de fé, 80% dos homens se identificam nessa categoria.
Nos países muçulmanos e em Israel, os homens assistem às reuniões religiosas com mais frequência do que as mulheres. No entanto, nos países cristãos, as mulheres predominam os encontros.
O número de mulheres que faz orações todos os dias é 8% maior do que os homens. A única exceção é em Israel, onde os homens diariamente oram mais. Por outro lado, mulheres que trabalham fora de casa têm seus níveis de compromissos religiosos semelhantes aos dos homens.
"Isso sugere que os fatores sociais e culturais, tais como tradições religiosas e participação no mercado de trabalho, desempenham um papel importante na formação do gênero religioso", diz o relatório.
Uma dos locais onde há maior disparidade de gênero religioso é na Argentina — 32,5% dos homens cristãos oram diariamente, em comparação com 52,9% das mulheres cristãs.
Entre os 53 países cristãos entrevistados, 53% das mulheres frequentam a igreja pelo menos uma vez por semana, enquanto 46% dos homens fazem o mesmo.
A auto estima da fé
Uma outra pesquisa que revela a influência da fé na vida das mulheres foi desenvolvida pelas pesquisadoras Kristin J. Homan and Valerie A. Lemmon, no mês passado.
Os resultados mostram que mulheres que acreditam em um “Deus que julga”, se sentem piores em relação a si mesmas quando buscam a aprovação de outras pessoas por um corpo perfeito. Por outro lado, mulheres que acreditam em um “Deus que ama” enxergam em si mesmas um corpo mais saudável.
Entrevistadas que leram passagens bíblicas que enfatizam o amor e a misericórdia de Deus sentiram maior estima após ver imagens de revistas com mulheres magras e homens musculosos. No entanto, o contrário aconteceu com as jovens que leram passagens bíblicas que enfatizam o julgamento de Deus pelo pecado.