Um texto recentemente publicado pelo PT em sua página oficial, lamentou a eleição do grande número de candidatos que formaram a nova bancada evangélica da Câmara Federal (um total de 80, entre veteranos e novatos).
Expondo depoimentos de petistas, como o deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG) - vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) - o Partido dos Trabalhadores expressou o seu posicionamento, associando a eleição destes parlamentares ao "apodrecimento do sistema político brasileiro" e também a um "retrocesso".
Citando estes parlamentares como simplesmente "conservadores", o texto já informa que o fortalecimento da bancada evangélica "não é uma boa notícia para quem se deleitou nas manifestações em 2013".
O texto ainda citou o deputado federal Marco Feliciano como "um exemplo claro de conservadorismo" e ressuscitou acusações contra o parlamentar - já recusadas pelo STF - afirmando que ele é autor de "frases racistas e homofóbicas".
Contradição?
Fato curioso é que a campanha de Dilma Rousseff (PT) tem traçado estratégias para ganhar a confiança dos evangélicos, como por exemplo a impressão de panfletos especificamente para este segmento e também com a participação da candidata em eventos de algumas igrejas.
O apoio que a petista tem alcançado não é considerado expressivo no meio evangélico. Apesar de grandes líderes, os bispos Manoel Ferreira (AD Madureira) e Edir Macedo (IURD) são alguns dos poucos que têm declarado apoio à candidata.
A candidata tenta abraçar de um lado o movimento LGBTT e de outro, as igrejas evangélicas. Porém este a publicação deste texto recente pode dificultar o alcance deste grande e decisivo grupo de eleitores.
Por João Neto - www.guiame.com.br