Os fãs de Superman costumam salientar os pontos parecidos do personagem com Jesus. Ambos não são do planeta terra, mas vieram para “salvar o mundo”. Mas, algo intrigante está fazendo com que os leitores de quadrinhos comentem mais sobre a nova fase de Clark Kent.
Sabe-se que o jovem Clark, que chegou em Smallville por meio de uma nave, teve grandes influências de seus pais terrenos, o casal de fazendeiros Jonathan e Martha Kent. Tais influências ajudaram a construir um caráter cristão do “superboy”, pois seus pais eram protestantes.
Esse caráter fez com que Superman mantivesse uma de suas maiores características, a de não matar pessoas por motivos banais. É possível perceber isso pelos episódios do seriado Smallville, onde sua personalidade é bastante desenvolvida em cada episódio, por abordar justamente sua adolescência e sua relação com os Kent.
Mas, agora na atual série de quadrinhos chamada “Rebirth”, ele passa a ensinar seu filho Jon sobre diversas coisas uma dela é sobre religião. O garoto é fruto de sua relação com Lois Lane e seu nome é uma homenagem ao avô, Jonathan Kent, que morre ainda na fase adolescente de Clark.
Uma das características que sempre acompanhou o personagem foi que ele e seus pais eram uma família protestante. Uma forte evidência disso é que ele considera o deus kryptoniano Rao por outro nome para não se referir ao deus judaico cristão. Tal fato é apresentado em diversas edições da HQ e até mesmo em suas primeiras histórias.
Mas, os novos leitores de Superman estão se queixando dessa característica. Ao que parece, a nova geração de fãs esta achando isso bastante "provocativo".
Em 'Rebirth', Superman ensina seu filho sobre valores para que ele se torne um bom herói. (Foto: Reprodução).
Apesar de “Rebirth” ter boas vendas e ganhado elogios pelo novo enredo, mais pelo fato do personagem ter voltado a moralidade clássica ao invés da versão revoltada anterior, uma das coisas que agora costumam aparecer são os seus valores morais.
Em 2013, o diretor Zack Snyder explicou um pouco sobre essa personalidade, durante o lançamento de O Homem de Aço. “A relação entre Jesus Cristo e do Super-homem não foi inventada por nós. Existe desde a criação do personagem. Mas é uma dessas coisas que desapareceram nas últimas décadas. Eu achei que deveríamos voltar a falar disso e sua relevância para o momento”, colocou.
Publicada no Brasil em fevereiro, as novas edições geraram certa polêmica em fóruns de discussão. Já nos EUA, os fãs americanos acusaram o Super-homem de ser um "símbolo da extrema direita" e que esse tipo de "doutrinação na juventude deveria ser ultrapassada".
Um internauta brasileiro comentou no forum "Outer Space": Cara, acho incrível isso. Não são fãs de longa data do personagem esses que reclamam. Fãs - como eu - sabem que faz parte da criação 'humana' dele. E que nunca trouxe problemas. Mas, a vontade de aparecer em polêmicas é maior que tudo", ressaltou.