Uma jovem de 26 anos da cidade de Holambra, no interior de São Paulo, passou quase 20 anos de sua vida convivendo com fortes dores de cabeça que afetavam todas as áreas de sua vida. Até que, durante um acampamento da igreja, ela experimentou a cura pela qual tanto orou.
Jéssica Olmedo entregou sua vida para Jesus aos 5 anos de idade, quando teve entendimento do Evangelho. Na mesma época, ela começou a sofrer com terríveis dores de cabeça, todos os dias.
“Qualquer movimento mais brusco intensificava a dor a ponto de me fazer vomitar. Então parei de correr, pular, dançar… E minha situação piorou a ponto de eu ter crises de dor até com pequenos movimentos, como me abaixar para amarrar o cadarço, ou espirrar, varrer a casa”, disse Jéssica ao site da Igreja do Nazareno Central de Campinas.
Por causa das dores, o corpo de Jéssica também passou a rejeitar diversos alimentos. “Um prato de comida era capaz de me deixar de cama por meses, com dor e vômito. Cheguei numa condição em que não me restava quase nada para comer. Perdi muito peso e fiquei bem fraca”, contou Jéssica, em testemunho publicado em outubro de 2019.
Jéssica passou anos de sua infância frequentando consultas médicas, fazendo exames e recebendo orações de pastores e irmãos da igreja. Aos 10 anos de idade, ela foi diagnosticada com enxaqueca, mas os profissionais não conseguiram encontrar um tratamento para aliviar sua dor.
Em 2018, o caso de Jéssica chegou a ser estudado por profissionais do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), da USP, onde encarava uma viagem de 6 horas no total para realizar diversos exames.
“Eu sempre voltava desanimada para casa, com as piores notícias sobre minha saúde. Muitos médicos se empenharam para me ajudar, mas quantas vezes ouvi deles ‘nunca vi dor assim’, ‘não sei mais o que fazer com você’, ‘sua dor não tem jeito, a tendência é piorar e você desenvolver outras doenças’, ‘você não será capaz nem de segurar seu filho no colo, aliás, suas dores são hereditárias, seus filhos terão também’”, relata.
A enxaqueca é uma doença crônica que não tem cura e a sexta doença mais incapacitante do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mesmo convivendo com a dor, Jéssica afirma que foi sustentada por Deus e conseguiu viver grandes realizações. “Apesar da doença ser incapacitante, Deus me deu graça para servi-Lo, fazer faculdade, ilustrar e escrever livros, fazer viagens missionárias… Foi difícil, eu confesso, mas eu não estava sozinha”, disse.
Momento da cura
A dor era tão intensa que havia feito Jéssica parar de trabalhar. No fim de 2018, a jovem, sua família e amigos iniciaram um propósito de jejum e oração por sua saúde, crendo que 2019 seria o ano de sua cura.
“A fé dessas pessoas acendeu uma chama em meu coração: Deus quer me curar”, destaca. “Uma mentira que ouvi até de irmãos da igreja e que me paralisou por muito tempo foi ‘talvez não seja da vontade de Deus te curar’. Mas Jesus curou todos que se achegaram a Ele (Mt 4:23, Mt 8:16-17, At 10:38)”, lembra.
Jéssica começou o ano com dor, mas continuou crendo que em 2019 viveria um milagre. Em março, durante o acampamento de jovens de sua igreja, a Nazareno Central de Campinas, ela mais uma vez pediu para Deus curá-la. Até que, em certo momento, ela mudou sua oração.
“Na última noite do acampamento, no dia 4 de março de 2019, decidi parar um minuto de pedir por cura e simplesmente adorar a Deus no momento do louvor. ‘Eu sei que o Senhor está mudando muitas vidas aqui’, eu disse para Deus, ‘só que a minha não mudou até agora. Mas não quero que isso me abale. Por isso vou usar esse tempo para Te adorar’”, conta.
No segundo ou terceiro louvor, Jéssica percebeu que sua irmã, Fernanda, estava chorando. Quando perguntou o que estava acontecendo, ela disse que “não aguentava mais” ver Jéssica sofrer. Lembrar do sofrimento de sua família por causa da doença levou a jovem a uma oração feita com muita fé.
“Simplesmente pedi para o Senhor me curar, pois eu não queria mais ser esse fardo pra minha família, eu não queria que eles sofressem mais. Nesse momento a dor sumiu. Me senti como a mulher hemorrágica de Marcos 5:29 quando ‘ela sentiu em seu corpo que estava livre do seu sofrimento’”, conta.
“Sem eu falar uma palavra para minha irmã, ela também sentiu paz e alegria em seu coração. Eu fui saber mais tarde, que nesse mesmo dia, meus pais também estavam clamando por minha cura em casa e tinham certeza que eu a receberia”, acrescenta Jéssica.
Jéssica e seu pai no Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto, após diagnóstico da cura. (Foto: Facebook/Jéssica Olmedo)
Depois do culto, Jéssica conseguiu pela primeira vez comer alimentos que antes eram motivos de dor. “Desde então como de tudo e posso me movimentar à vontade”, celebra. “Jesus me tocou e não tenho mais dor”.
Em 24 de agosto de 2019, Jéssica voltou ao Hospital de Ribeirão Preto para que os médicos atestassem sua cura: “Diagnóstico: completamente curada! Curada por Jesus!”, conta.
“Depois da cura, vivo milagres todos os dias. Comer um prato de comida, ou um pastel que eu tinha tanta vontade, ou tomar leite com achocolatado, ainda é emocionante pra mim. Poder correr até a sala para atender o telefone e não ter dor é como ser a grande campeã de uma maratona. Por mais que se passem os meses, não consigo me acostumar com a liberdade, já que toda vez que faço algo e me lembro que isso não me causa mais dor, a gratidão explode no meu peito e glorifico ao Senhor”, afirma Jéssica.