O Cambridge Dictionary está sendo muito criticado por conservadores nas mídias sociais por alterar as definições das palavras "homem" e "mulher" para incluir “pessoas que se identificam como um gênero diferente de seu sexo biológico”.
De acordo com o Fox News, a definição de mulher, que anteriormente representava a visão de longa data sobre sexo, agora afirma que uma mulher é “um adulto que vive e se identifica como mulher, embora se possa dizer que ele tenha um sexo diferente no nascimento”.
Da mesma forma, um homem agora é definido como “um adulto que vive e se identifica como homem, embora se possa dizer que ele pode ter um sexo diferente ao nascer”.
Essa mudança, porém, foi recebida com resistência por muitos que argumentaram que “redefinir a categorização de gênero e sexo da sociedade é prejudicial e impreciso”.
‘Estão cedendo espaço à esquerda radical’
Ainda de acordo com o Fox News, o dicionário usou o pronome "ele" para descrever o sujeito em vez de "ela", no caso da definição de mulher.
"Observe que os escritores do dicionário dizem 'eles podem ter sido.' Eles não conseguiram escrever 'ela pode ter sido', porque sabem que estão mentindo”, comentou Christopher Rufo, membro do Manhattan Institute — um instituto que promove políticas domésticas.
Rufo associa essa mudança no território linguístico como uma forma de “ceder espaço à esquerda radical”.
Críticas ao modismo
Embora esse tipo de atitude seja apontado como igualitarismo ou direitos às minorias, a realidade é que não passa de uma distorção de valores e um certo tipo de “modismo”.
A comentarista Mary Rooke, do Daily Caller — um noticiário conservador de Washington, nos EUA — disse que é preciso impedir a tentativa de ‘apagarem’ as mulheres: “Se não fizermos isso agora, a nossa civilização não vai conseguir”.
Mary chamou os autores das ‘atualizações no dicionário’ de traidores da verdade: “O Dicionário de Cambridge é apenas o mais recente”, disse ao indicar que haverá próximos.
Adam Brooks, um comentarista social britânico, questionou se as mulheres estão felizes com a tal mudança: “Uau, a definição de mulher no dicionário @CambridgeWords é chocante, como chegamos aqui? Certamente as mulheres não estão felizes com isso”, ele escreveu.
Definição de homem no Dicionário Cambridge. (Foto: Captura de tela/dictionary.cambridge.org)
‘Guerra contra as mulheres’
Entre as críticas à redefinição de homem e mulher no dicionário, o que mais tem chamado a atenção dos críticos são as questões femininas.
Dan McLaughin, um escritor sênior da revista conservadora National Review, por exemplo, argumentou sobre a mudança e disse que o dicionário “não deveria ser um manual de instruções”.
E Tom Fitton, o presidente da Judicial Watch — organização que defende a ética e a moralidade na vida pública dos EUA, combatendo o abuso de poder por parte de políticos — disse que isso faz parte de “uma guerra contra as mulheres”.
A Fox News reforça ainda que chegou a publicar, em abril, uma reportagem que destacava o fracasso de inúmeras agências do governo Biden em responder à pergunta: “O que é uma mulher?”, na tentativa de endossar os diversos movimentos da ideologia de gênero no país.
Ditadura LGBT
Vale lembrar que, em 2020, o dicionário Oxford também mudou a definição de “homem” e “mulher” para acolher a ideologia de gênero, visando defender e promover a “igualdade”.
Até uma igreja foi “contaminada” com essa onda de ressignificação dos termos e se recusou a fornecer uma “definição oficial” do que é uma mulher.
Em julho, o Guiame publicou uma matéria mostrando que o Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra se recusou a dar uma resposta e um dos membros (fundador de uma ONG que combate o preconceito a pessoas LGBTQI) chegou a dizer que a pergunta “era agressiva” e que “perturbava a comunidade trans”.
Muitos criticaram o posicionamento da igreja, dizendo que “chegamos ao ponto de ter que defender o óbvio”, apontando ainda que a igreja se envolveu com a militância LGBT.
‘Movimento trans-inclusivo’
Conforme o Charisma News, o dicionário que foi publicado pela primeira vez em 1995, está “borrando as linhas entre ‘sexo’ e ‘gênero’, alterando definições sobre homens e mulheres”.
“Alguns na mídia estão chamando isso de movimento ‘trans-inclusivo’ por parte do editor. Engraçado, por anos ativistas transgêneros vêm dizendo que sexo e gênero são duas coisas diferentes”, disse James Lasher.
“Aparentemente, para os ativistas transgêneros e as forças políticas que os promovem, acreditar que homens e mulheres são biologicamente diferentes faz de alguém um radical”, apontou.
“Mas a guerra não é apenas para apagar a ‘construção de gênero’ por razões sociais, culturais ou políticas, é um ataque à criação de Deus e à ordem que Ele estabeleceu sobre a terra”, continuou o redator.
“Com o diabo e suas forças atacando as instituições do casamento, a família nuclear e agora a própria definição de homens e mulheres, ele espera confundir e desviar as futuras gerações do desígnio intencional de Deus”, concluiu.