O Parlamento da Eslovênia aprovou o reconhecimento da Palestina como um estado, na terça-feira (4).
A Eslovênia é o quarto país a anunciar o reconhecimento, seguindo os passos da Espanha, Noruega e Irlanda, que reconheceram o Estado da Palestina no final de maio.
Em postagem no X, o primeiro-ministro da Eslovênia, Robert Golob, afirmou que a decisão dá esperança aos palestinos na Cirjordania e na Faixa de Gaza.
A oposição do governo eslovenio foi contra a aprovação do reconhecimento.
Para o principal partido de oposição, não é o melhor momento para a ação, porque pode acabar fortalecendo o grupo terrorista Hamas.
Pressão sobre Israel
A Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram oficialmente o Estado da Palestina, alegando que essa ação visa redirecionar a atenção para os esforços em busca de uma solução política para o conflito no Oriente Médio.
Os três países esperam que, ao agirem em conjunto, encorajem outras nações europeias a seguir o exemplo, em um esforço diplomático que possa ajudar a garantir um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns detidos pelo Hamas.
A decisão simbólica gerou uma acalorada discussão com o governo de Israel, que acusou esses países de recompensar o terrorismo.
Israel retirou seus embaixadores da Irlanda, Noruega e Espanha e repreendeu formalmente seus representantes em Tel Aviv. Todos os três foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores de Israel na semana passada para assistir a imagens dos ataques de 7 de outubro na presença da mídia.
O reconhecimento da Palestina pelos três países também aumenta a pressão diplomática sobre Israel, especialmente após dois tribunais internacionais terem solicitado o fim das operações das Forças de Defesa de Israel (IDF) no sul de Gaza e acusado o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de crimes de guerra.
ONU
A maioria dos países, cerca de 139 no total, reconhece formalmente o Estado palestino.
Em 10 de maio, 143 dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas votaram a favor da candidatura palestina à adesão plena à ONU, algo que é reservado apenas a Estados.
Atualmente, a Palestina tem um status de observador reforçado na ONU, o que lhe confere um assento, mas não o direito de voto na assembleia. Também é reconhecida por várias organizações internacionais, incluindo a Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica.
Uma minoria de países europeus já reconhece o Estado palestino. Esses países incluem antigas nações soviéticas, como Hungria, Polônia, Romênia, República Tcheca, Eslováquia e Bulgária, que adotaram essa posição em 1988, além de outros como Suécia e Chipre.
No entanto, muitos países europeus, assim como os EUA, afirmam que só reconhecerão o Estado palestino como parte de uma solução política de longo prazo para o conflito no Oriente Médio