Estado Islâmico assume autoria de ataque terrorista em Barcelona

Os terroristas usaram uma van para atropelar as vítimas em uma rua movimentada da cidade.

Fonte: Guiame, com informações do Estado de MinasAtualizado: sexta-feira, 18 de agosto de 2017 às 13:53
O ataque terrorista em Barcelona deixou pelo menos 13 mortos e 100 feridos. (Foto: AP Photo/Oriol Duran)
O ataque terrorista em Barcelona deixou pelo menos 13 mortos e 100 feridos. (Foto: AP Photo/Oriol Duran)

Na última quinta-feira (17), o Estado Islâmico reivindicou a autoria de um ataque terrorista que matou 13 pessoas e deixou pelo menos 100 feridos em Barcelona (Espanha).

Os terroristas usaram uma van para atacar as vítimas por atropelamento, dirigindo o veículo em alta velocidade entre pedestres em uma rua a movimentada na segunda maior cidade da Espanha.

A reivindicação foi confirmada no Twitter pelo 'SITE Intelligence Group', portal que monitora a atividade de extremistas na internet.

Segundo a publicação do grupo terrorista, os autores do atentado são "soldados do Estado Islâmico". Esse termo pode indicar que o atentado não foi planejado pela cúpula do grupo, mas sim por simpatizantes da milícia jihadista na Europa.

Três homens teriam atuado na ação terrorista, mas apenas um deles foi identificado: Driss Oukabir. Ele nasceu no Magreb, região islâmica do noroeste da África e que engloba países como Marrocos, Argélia, Mali e Tunísia.

O terrorista que atuou no atentado foi preso em Manlleu, cidade situada a 80 quilômetros de Barcelona e a 10 quilômetros de Vic, município onde a van utilizada em sua fuga teria sido abandonada. O próprio Oukabir teria alugado o veículo.

Nas redes sociais, o terrorista também informou que vivia em Marselha, grande cidade do sul da França, que atualmente tem uma significativa população originária do Magreb. Ele já tinha passagem pela Polícia na Espanha e, em 2012, teria cumprido pena por maus tratos na penitenciária de Figueres, também na Catalunha.

Em um pronunciamento oficial, o presidente da comunidade autônoma, Carles Puigdemont, informou que um segundo terrorista também já foi preso, mas a identidade deste ainda não foi divulgada. Outro jihadista foi morto em um tiroteio com as forças de segurança em Sant Just Desvern, cidade dos arredores de Barcelona, segundo o jornal catalão "La Vanguardia".

Há cerca de duas semanas, simpatizantes do Estado Islâmico já tinha lançado nas redes sociais pedidos por atentados na Espanha.

De acordo com Rita Katz, diretora do 'SITE', os jihadistas também cobraram "ataques iminentes" e a "reconquista" de Al-Andalus, nome dado à Península Ibérica no século VIII, na expansão do domínio muçulmano na região, que acabou durando quase 800 anos.

O uso de veículos pesados - como vans e caminhões - tem sido o método preferido de terroristas e até mesmo simpatizantes do Estado Islâmico para cometer atentados na Europa, como ocorreu, por exemplo em Nice, no mês de julho de 2016, em Berlim, em dezembro do mesmo ano, e em Londres, em março e junho de 2017.

O atentado de Barcelona foi o primeiro ato terrorista que o Estado Islâmico reivindicou na Espanha.

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