Ray Kurzweil é um inventor e futurista americano que já atuou como diretor de engenharia do Google. Para ele, a humanidade está se movendo em direção a uma singularidade na qual a tecnologia será avançada o suficiente para criar uma Inteligência Artificial (IA) bem semelhante à humana.
Especialista em reconhecimento de fala e teclados eletrônicos, reconhecimento ótico de caracteres e síntese de voz, Kurzweil aponta para o alcance da “imortalidade” até 2045.
De acordo com um artigo do Jerusalem Post, essa teoria de Kurzweil foi analisada por um youtuber que comentou sobre a velocidade e o crescimento exponencial na área da IA, apoiada pela tecnologia e inteligência humana através da física, química, biologia e conhecimentos de DNA.
Como as pessoas se tornarão imortais?
Sobre a imortalidade, a teoria Kurzweil considera que devido ao crescimento exponencial nos campos da genética, nanotecnologia e robótica, as pessoas eventualmente terão a capacidade de mapear o cérebro humano com uma resolução alta o suficiente para que possa ser imitado com exatidão na inteligência artificial.
“As IAs criadas neste momento terão mentes tão semelhantes aos humanos, que a capacidade computacional dos dois será igual e as IAs desenvolverão a complexidade mental das pessoas, bem como as emoções”, o cientista prevê.
“Esses avanços também darão à humanidade a capacidade de alterar sua composição biológica à vontade, bem como curar doenças mortais como câncer e ataques cardíacos”, ele acredita.
“Estes, juntamente com a capacidade de reverter o envelhecimento, supostamente darão aos humanos a imortalidade e os tornarão indistinguíveis da robótica de IA altamente avançada”, continua.
A IA pode “copiar” humanos?
Sobre o medo que as pessoas têm de que a IA seja tão avançada ao ponto de fazer “cópias exatas de humanos” Kurzweil disse que não apenas as pessoas desenvolverão tecnologia para proteger sua existência, mas também aceitarão as habilidades humanas avançadas da IA.
Parece, no entanto, que os humanos ainda não estão perto de aceitar que a IA se torne tão avançada quanto Kurzweil prevê. Com o surgimento de plataformas como o ChatGPT, as pessoas ficaram maravilhadas com as habilidades da IA, mas também têm reservas.
Para alguns, são pequenas preocupações, como a IA sendo usada para escrever os trabalhos dos alunos e até sermões para pastores, mas para outros, as preocupações são maiores.
Bill Gates, por exemplo, escreveu recentemente um blog alertando sobre alguns perigos, incluindo pessoas que usam a IA para minar a igualdade e, mais alarmante, desenvolvendo a capacidade de derrubar a humanidade.
“Portanto, enquanto a humanidade avança constantemente em tecnologia e especificamente no campo da IA, teremos que esperar até 2045 para ver se a humanidade pode realmente viver para sempre”, resumiu o youtuber.
‘Esse é o apocalipse’
Conforme o Guiame publicou na sexta-feira (31), Elon Musk e outros especialistas pediram uma pausa nos experimentos de IA. Numa carta aberta, eles se mostraram preocupados com algumas questões específicas.
Entre as questões, citaram que as habilidades robóticas podem competir com os seres humanos e que esse desenvolvimento está fora de controle, podendo comprometer a própria sobrevivência da humanidade.
“Deveríamos nos arriscar a perder o controle de nossa civilização?”, eles questionaram.
O pastor americano Johnnie Moore em seu Twitter também fez alguns alertas: “Se não tomarmos cuidado, podemos soltar uma fera. Imagine governos em uma corrida por armas autônomas. Poderíamos estar entrando em um mundo onde as máquinas tomam as decisões por si mesmas”.
Moore aponta para cenários catastróficos que podem ameaçar o futuro dos seres humanos: “Esse é o apocalipse. Estou juntando minha voz com Elon Musk e aqueles 1.000 cientistas e estou alertando que é hora de nos reunirmos e falarmos sobre prevenção”, escreveu.
“Todos aqueles filmes de ficção científica que você assistiu, estamos prestes a vivê-los, tirando a parte dos alienígenas. E tudo de bom e de ruim será percebido por nós. As decisões que vamos tomar agora determinarão a vida que nossos filhos terão”, concluiu.