O evangelista Franklin Graham tem uma rica história familiar na Coreia do Norte. Sua mãe, Ruth Graham, frequentou o ensino médio em Pyongyang na década de 1930 e seu pai, Billy Graham, visitou o país comunista em 1992 e 1994. Ele mesmo chegou a fazer quatro viagens de ajuda humanitária para o país através da organização Samaritan's Purse.
Seu engajamento com a nação o levou a falar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito da Coreia do Norte. "Esse conflito precisava ser resolvido", disse ele à CBN News na última terça-feira (12). "Tenho 65 anos, então toda a minha vida estamos basicamente em guerra com a Coreia do Norte".
Com o acordo histórico firmado na cúpula de Cingapura entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, o evangelista ficou muito otimista. "Eu acho que os norte-coreanos estão querendo falar com os americanos há muito tempo e este é o primeiro governo com o qual eles puderam conversar diretamente".
Graham acredita que os norte-coreanos são um povo orgulhoso e que a administração Trump soube envolvê-los. "Os norte-coreanos só querem mostrar respeito e outras administrações os ignoraram como se não fossem nada", comenta.
O pastor também acredita que a cúpula começará a aliviar a perseguição do governo norte-coreano aos cristãos.
David Curry, presidente da Portas Abertas nos EUA, observa que "os cristãos são considerados os inimigos número um na Coreia do Norte". Ele disse que o governo se sente desafiado porque eles depositam sua fé em Deus, e não Kim Jong-un.
No entanto, Graham tem esperança de que o governo comece a ver os cristãos de forma diferente. "Eu quero que o governo comunista saiba que os cristãos não são seus inimigos", disse ele, deixando um recado ao Estado. "Eles têm o potencial de serem os melhores cidadãos do país, porque Deus ordena a todos nós que oremos pelos que têm autoridade".
A Portas Abertas estima que o governo norte-coreano esteja mantendo pelo menos 50 mil cristãos em campos de prisioneiros. A Coreia do Norte é classificada pela organização como o país persegue cristãos no mundo, pelos últimos 17 anos consecutivos.