Ashley Lawton sempre soube que era adotada. Essa notícia foi esclarecida com muito amor e cuidado por seus pais adotivos logo em sua infância. No entanto, sua condição trouxe a ela muitos conflitos.
“Meus pais me amavam muito e queriam me ajudar a lidar com esse fluxo de emoções, mas eu não sabia como me sentir. Eles sabiam de onde vinham. Eu não”, disse ela ao site Charisma News.
Essa luta interna continuou por anos na vida de Ashley até que, no ensino médio, ela descobriu que sua mãe biológica tinha sido estuprada.
“Nove meses depois, aqui estava eu. Nascida de uma mulher que não me queria, nem queria saber se eu era uma menina ou um menino. Eu não era amada, nem desejada, mas fui salva da violência impensável do aborto, que é aceito em nossa sociedade”, Ashley pondera.
Durante anos, Ashley viveu com sentimentos confusos sobre ela mesma. “Eu tinha bons dias, semanas, meses — mas isso sempre voltava. Mas um dia eu percebi que Satanás estava transformando verdades em mentiras. Não era eu que dizia que eu estava destinada a algo ruim, era o inimigo que me dizia isso”.
Ashley se colocou no lugar de sua mãe biológica e tentou imaginar quão difícil seria descobrir a gravidez numa situação de estupro. “Me lembro que quando eu era estudante do ensino médio, acreditava que o aborto era válido em situações de estupro. Mas poderia ter sido eu”, disse ela.
Pensamentos de suicídio atormentavam a cabeça de Ashley, até que Deus transformou sua mente e seu coração. “Eu abri minha Bíblia em Jeremias 1:5 e li o trecho: ‘Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações’”.
“Ele me conhece, Ele me criou, Ele me ama”, concluiu Ashley. “Eu não fui um erro. Deus sabia o que iria acontecer no dia em que fui concebida e Ele tinha um plano maior. Deus torna situações ruins em algo bonito. Eu sou uma filha de Deus!”.
Diariamente, Ashley enxerga o quanto os planos de Deus são perfeitos. “Por causa das circunstâncias em torno da minha concepção e do meu nascimento, eu tive a oportunidade de ministrar pessoas que lidam com o aborto e compartilhar o amor de Cristo àqueles que estão recuperando dele”.