Garoto que 'mudou de sexo' aos 12 anos se arrepende, após processo de transição

Hoje com 14 anos, Patrick Mitchell diz estar arrependido de ter iniciado o processo de transição, que incluiu tratamentos hormonais.

Fonte: Guiame, com informações do Independent.ukAtualizado: terça-feira, 12 de setembro de 2017 às 15:42
Patrick Mitchell pediu à sua mãe para 'mudar de sexo' aos 12 anos, porém agora está arrependido. (Foto: 60 Minutes)
Patrick Mitchell pediu à sua mãe para 'mudar de sexo' aos 12 anos, porém agora está arrependido. (Foto: 60 Minutes)

Um estudante australiano que decidiu mudar de sexo para se tornar uma menina, disse que está arrependido, dois anos depois de ter se submetido ao processo de transformação (que incluiu tratamentos hormonais e poderia evoluir para uma cirurgia definitiva).

Com apenas 12 anos de idade, Patrick Mitchell implorou a sua mãe para começar a tomar hormônios de estrogênio, depois que os médicos o diagnosticaram com disforia de gênero - uma condição em que a pessoa apresenta certa confusão com relação ao seu gênero (masculino ou feminino)

"Você deseja mudar tudo sobre você, você vê qualquer garota e diz que seria capaz de matar para ficar daquele jeito", disse Mitchell ao site '60 Minutes' sobre o que sentia na época em que quis mudar de sexo.

Depois de atender aos conselhos de 'profissionais' que sugeriram que atender ao pedido do garoto "era a escolha certa", sua mãe autorizou que o garoto iniciasse o processo de transição.

Ele deixou seu cabelo crescer e começou a tomar hormônios, o que fez com que nascessem seios em seu corpo. Mas dois anos depois, Mitchell se arrependeu de sua decisão.

No início de 2017, os professores da escola começaram a se referir a ele como uma menina, justamente o que levou Mitchell a questionar se ele realmente havia tomado a decisão certa.

"Comecei a perceber que eu ralmente estava me sentindo confortável no meu corpo", disse ele ao site 'Now To Love'.

Como resultado de seu arrependimento, Mitchell confiou em sua mãe e explicou que queria reverter a transição para voltar a ser um menino.

"Ele me olhou nos olhos e disse: 'Não tenho certeza de que eu sou uma menina", explicou a mãe do garoto.

Agora, em uma tentativa de retornar ao seu corpo original, ele parou de tomar os hormônios femininos e está prestes a passar por outras cirurgias que irão remover o excesso de tecido mamário.

Embora a disforia de gênero seja um distúrbio considerado raro, o número de pessoas que estão sendo diagnosticadas com a condição está aumentando, devido ao crescente apelo público, exposto na mídia e nas escolas por militantes que tentam impor a ideologia de gênero.


Diagnóstico precoce

Segundo a psicóloga paranaense e especialista em Direitos Humanos, Marisa Lobo, o caso de Mitchell é um exemplo claro de um diagnóstico precoce e inconsequente, que desencadeou efeitos catastróficos na vida do garoto.

"Como profissional devo alertar, conflito de gosto pessoal e de identidade na infância e adolescência. Não pode ser promovido e entendido como Disforia de Gênero a análise é demorada e complexa. Uma criança não pode ser condenada por um adulto a uma sentença que pode prejudicá-la pelo resto da vida. Essas questões devem ser conduzidas com muito cuidado e responsabilidade. Infelizmente não é o que tem acontecido. Por ativismo ideológico político estamos criando crianças trans. Isso é gravíssimo", alertou ela.

"Tenho muita preocupação com esses diagnósticos prematuros, muitos profissionais têm sido corrompidos e pressionados a dar um resposta a esse ativismo da diversidade sexual e estão condenando crianças a um conflito psíquico doloroso. Uma dor que poderia ser evitada com ética e não com ativismo", explicou.

Marisa destacou que os conflitos vivenciados por Mitchel já aos 12 anos de idade - e a falta de orientação da mãe do garoto - são de fato, o resultado de promoção da ideologia de gênero nas escolas e na mídia.

"Isso é o resultado da promoção inconsequente da transgenia nas escolas e na mídia. Essa tentativa de desconstruir a cultura heterossexual na sociedade está promovendo a Disforia de Gênero que é um transtorno de identidade de Gênero contido em todos os compêndios de psiquiatria", disse a psicóloga.


"Não se troca de identidade a todo momento, como se troca de roupa, não se desfaz a identidade de uma pessoa e constrói-se várias como sugere a 'TEORIA QUEER', que norteia a ideologia de Gênero. É um abuso psicológico ensinar a diversidade de gênero a uma criança que ainda não tem ainda poder de decisão e que pode claramente mudar de ideia a todo instante. Essa sim é uma característica da infância", acrescentou.

Marisa continuou alertando sobre o abuso infantil que configura a promoção da ideologia de gênero entre as crianças.

"Em vários lugares do mundo as crianças têm sido desrespeitadas e o direito dos pais suprimidos, crianças têm sido usadas para fazer caminhar agendas desconstrucionistas de adultos, crianças têm sido usadas como objetos sexuais e de ativismo dos adultos. Isso tem que parar!  Não é possível mais ignoraramos essa mídia, essa educação tão maquiavélica, usando 'bandeira contra o preconceito', quando na verdade tem a pretensão de destruir, desconstruir a identidade das crianças", alertou.

Quem faz coro com o alerta de Marisa Lobo é a Faculdade Americana de Pediatria, que também considerou a promoção da ideologia de gênero entre as crianças como um abuso infantil.

"Endossar a discordância de gênero como normal, através da educação pública e políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando cada vez mais crianças a se internarem nas 'clínicas de gênero', onde serão medicadas com bloqueadores de puberdade. Estes lugares, por sua vez, praticamente garantem que eles vão 'escolher' uma vida de hormônios do sexo oposto, que podem ser cancerígenos e de outra forma tóxicos", alertou um comunicado oficial da organização norte-americana.

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