Líderes mundiais se reuniram nesta sexta-feira (24) para marcar o aniversário de 100 anos do genocídio de 1,5 milhão de armênios nas mãos do Império Otomano, um dos maiores massacres da história cristã.
"Sou grato a todos aqueles que estão aqui para, mais uma vez, confirmar seu compromisso com os valores humanos, para dizer que nada é esquecido, que depois de 100 anos nos lembramos", disse o presidente armênio, Serzh Sargsyan em uma cerimônia, em Yerevan.
O presidente francês François Hollande e o presidente russo, Vladimir Putin, também participaram da cerimônia, e prestaram homenagem aos que foram mortos.
"Eu me prostro em memória das vítimas e eu venho a dizer aos meus amigos armênios que nunca vamos esquecer as tragédias que seu povo tem sofrido", disse Hollande.
Ele acrescentou que "o reconhecimento do genocídio armênio é um ato de paz", e denunciou a repressão das minorias étnicas e assassinatos por motivos religiosos, em qualquer lugar do mundo.
A Armênia e a maioria dos estudiosos ocidentais afirmam que cerca de 1,5 milhões de pessoas, em sua maioria cristãos armênios, foram mortos por inanição, deportação e outros meios, em 1915, nos anos de governo do Império Otomano.
Novos Santos
A Igreja Armênia decidiu canonizar as milhares de vítimas do genocídio. "Durante os anos terríveis do genocídio dos armênios, milhões de nosso povo foram massacrados de forma premeditada, passaram pelo fogo e espada, provaram os frutos amargos da tortura e sofrimento", disse Karekin II, chefe da Igreja Armênia Apostólica. "A canonização dos mártires do genocídio traz vida, dando um novo fôlego, graça e bênção para a nossa vida nacional e eclesiástica."