Depois que um controverso evento chamado “Drag Queen Story Time” (“Hora da História Drag Queen”, em tradução livre) foi cancelado na Biblioteca Pública da cidade de Leander, no Texas (EUA), uma igreja local decidiu alugar uma sala pública na biblioteca para sediar o evento.
A Open Cathedral, uma igreja progressista que abraça a ideologia LGBT, pagará as taxas para alugar a sala, de acordo com a emissora americana KVUE. O evento está agendado para o próximo sábado (15).
De acordo com a página do evento no Facebook, a igreja selecionará uma drag queen para ler livros infantis sobre “como é maravilhoso ser único e especial”. “É apenas sobre Deus amar as pessoas e também nos fazer amar as pessoas”, argumenta o pastor Ryan Hart.
Inicialmente, o evento foi cancelado pela prefeitura de Leander devido ao feedback negativo da comunidade.
O cristianismo progressista, movimento pós-liberal que tem como postura básica a mensagem da “inclusão e aceitação”, foi alvo de críticas pela Decision Magazine, revista lançada por Billy Graham e ainda dirigida por sua organização.
Albert Mohler Jr., presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, em Louisville (EUA), diz que a teologia do cristianismo progressista é uma “distorção” da Palavra de Deus. Ele afirma que é tentador para os cristãos encontrar um “meio termo” para questões polêmicas, mas isso não é o que a Bíblia ensina.
Mohler explicou à Decision que “o novo liberalismo sob a bandeira ‘progressista’ está invadindo as igrejas mais conservadoras em meio a uma cultura que pinta os valores bíblicos como opressivos e fanáticos”.
A questão trouxe uma grande divisão na Igreja Metodista Unida, nos EUA. Órgãos regionais da denominação aprovaram no dia 2 de junho, por um voto de 586 a 396, uma resolução que rejeita o “Plano Tradicional”, que defende casamento apenas entre homem e mulher e foi estabelecido pela igreja este ano.
O metodista Mark Tooley, presidente do Instituto sobre Religião e Democracia, disse à publicação que os cristãos progressistas frequentemente reconhecem os milagres, até mesmo o Credo dos Apóstolos, mas negam a plena autoridade da Palavra de Deus.
“Isso é uma verdade para os protestantes tradicionais, mas também para muitos membros da esquerda pós-evangélica”, afirma Tooley.
Mohler disse que está preocupado que os cristãos possam ser considerados “perturbadores”, assim como os primeiros cristãos que foram mortos por sua fé.
“Não há meio termo entre afirmar e negar a ressurreição corporal de Cristo. Também não há meio-termo entre definir casamento como a união de um homem e uma mulher e dizer que pode ser outra coisa”, destacou.