A polícia israelense anunciou a detenção de 16 jovens colonos judeus após um incêndio provocado em uma igreja no norte de Israel. A igreja localizada em Tabgha, às margens do Mar da Galiléia, é onde muitos cristãos acreditam que Jesus alimentou 5 mil pessoas ao multiplicar cinco pães e dois peixes.
Um conselheiro igreja culpou extremistas judeus pelo incidente. A polícia deteve os jovens na Cisjordânia para um interrogatório. "Em uma área próxima à igreja, 16 jovens foram detidos para investigação a fim de verificar se estão envolvidos no incidente que aconteceu de madrugada", afirmou a porta-voz da polícia, Luba Samri.
Segundo a polícia, 10 dos detidos eram de Yitzhar, região conhecida como um reduto extremista, com histórico de moradores envolvidos em crimes de ódio.
Em um dos muros do templo foram encontradas pichações em hebraico escritas "ídolos serão destruídos". O texto é parte de uma oração judaica pronunciada diariamente.
"Os bombeiros chegaram no local e o fogo foi contido, mas um grande dano foi causado à igreja, tanto dentro como fora", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
"O incêndio de igreja é um ato covarde e desprezível, que contradiz os valores básicos de Israel", disse o ministro de Segurança Interna Gilad Erdan.
Cerca de 43 ataques de crimes de ódio contra igrejas, mesquitas e mosteiros aconteceram em Israel e na Cisjordânia desde 2009, segundo o grupo Rabinos pelos Direitos Humanos. Dezenas de prisões foram feitas nestes casos, mas houveram poucas condenações.Para a polícia, a pouca idade de muitos dos suspeitos levaram os tribunais a mostrarem clemência.