Nicolás Maduro jura a entidades ocultistas em sua posse na Venezuela

O ditador jurou a Guaicaipuro e Pedro Camejo, divindades adoradas na santeria – um tipo de bruxaria latina semelhante ao vodu misturado com catolicismo.

Fonte: Guiame, com informações de Evangelical FocusAtualizado: quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 às 12:47
Nicolás Maduro em sua posse. (Foto: Presidência venezuelana).
Nicolás Maduro em sua posse. (Foto: Presidência venezuelana).

Nicolás Maduro tomou posse como presidente da Venezuela na última sexta-feira (10), embora tenha se recusado a revelar os registros das votações, que mostram Edmundo González como o vencedor das eleições.

A posse presidencial, realizada perante a Assembleia Nacional e membros da sociedade civil, foi transmitida pela rádio e televisão nacionais.

Na cerimônia, Maduro jurou a entidades ocultistas da santeria – um tipo de bruxaria latina semelhante ao vodu misturado com catolicismo.

“Por Guaicaipuro e os povos indígenas, por Pedro Camejo e José Leonardo Chirinos, por Bolívar, por Sucre, por Manuela Sáenz, pela memória eterna de nosso amado comandante-chefe Hugo Chávez e pelo histórico, nobre e valente povo da Venezuela antes desta Constituição", afirmou Nicolás, no juramento.

Segundo o Evangelical Focus, Guaicaipuro é uma divindade adorada na Santeria e era considerado o “protetor” de Hugo Chávez. Pedro Camejo é conhecido como o “Negro Felipe” e, junto com Gauaicaipuro e Maria Lionza, compõe os "três poderes" espirituais na santeria.

O restante das pessoas que o ditador jurou são herois nacionais para alguns venezuelanos. Em seu discurso de posse, Maduro ainda se comparou ao Rei Davi derrubando Golias na arena política, sem mencionar Deus ou Jesus.

Rejeição internacional

O evento de posse contou com poucos representantes internacionais, em rejeição à tomada de poder de Nicolás Maduro, considerada por muitos como um golpe militar de Estado.

Os únicos líderes que compareceram foram Daniel Ortega da Nicarágua, Miguel Díaz-Canel de Cuba, Brahim Gali da República Árabe Saarauí Democrática e Gaston Browne de Antígua e Barbuda. Outros países, como Honduras, Sérvia, China, Índia, Argélia e Rússia, enviaram apenas delegados especiais.

Após a cerimônia, Maduro convocou uma Comissão Nacional para criar um projeto de reforma institucional.

A tomada de Maduro para governar por mais seis anos foi criticada ao redor do mundo, com países impondo sanções à Venezuela.

Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, pediu a posse de Edmundo González. E declarou que os EUA “rejeitam o anúncio fraudulento de que Maduro venceu a eleição presidencial e não o reconhece como presidente da Venezuela".

O governo americano aumentou a recompensa pela captura do líder venezuelano e ministro do Interior, Diosdado Cabello, para US$ 25 milhões.

A União Europeia afirmou que a presidência de Maduro "carece de legitimidade" e aprovou sanções contra Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte de Justiça da Venezuela.

Os líderes do G7 também se manifestaram contra "a falta de legitimidade democrática da suposta posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela", em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Já Israel e Canadá reconheceram Edmundo González como o verdadeiro presidente eleito.

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