A sobrinha do pastor Martin Luther King Jr., símbolo da luta pela igualdade racial, disse que a morte de George Floyd por um policial nos Estados Unidos é como um grito que subiu ao céu, clamando “Senhor, cure a nossa terra”.
A evangelista Alveda King, uma ministra do Evangelho como seu tio, disse no domingo (31) em artigo publicado na Fox News que a oração é importante e pediu aos líderes espirituais que apontem o caminho pelo fim do ódio.
“Neste momento, aqui na América, estamos em um tempo de arrependimento e avivamento. É muito importante que os líderes espirituais liderem o caminho no arrependimento e na oração; especialmente com a violência saindo de Minneapolis, espalhando a destruição por todo o país como um incêndio”, disse a evangelista.
“Como líderes, devemos incentivar as pessoas que estão assustadas e frustradas. Devemos manter a solidariedade e a unidade como uma raça humana. Devemos rejeitar o conceito socialmente modificado de que nossas etnias e cores de pele devem nos dividir em grupos raciais”, continuou Alveda.
Neste momento de protestos contra o racismo, ela lembra das palavras de seu tio. “Ele sonhava com um mundo onde as pessoas ‘não sejam julgadas pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter’”.
“Como Martin Luther King disse uma vez: ‘Se valorizássemos a personalidade humana, não mataríamos ninguém’. Ele também disse: ‘A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares. Decidi continuar com o amor; o ódio é um fardo muito grande para suportar”, lembra a evangelista.
Ela disse ainda que, se seu tio estivesse vivo hoje, estaria lutando contra o racismo sem violência. “Martin Luther King se recusou a promover a violência como uma solução para os males da sociedade”, explicou Alveda. “Martin Luther King pregou amor, não ódio; paz, não violência; e fraternidade universal, não racismo. ‘O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo’”, disse ele em 1963”.
Mesmo em meio ao caos, Alveda aconselha a fixar os olhos em Cristo. “Os EUA estão em movimento, com George Floyd, Martin Luther King Jr., Covid-19 e bebês abortados, todos girando em uma tempestade caótica. Fique em paz, fique calmo. Que a sua âncora seja o Evangelho de Jesus Cristo”, disse.
Alveda acredita que a resposta para seu país é “orar e se unir como um povo de um sangue, uma América, uma raça humana”. “Enquanto estamos no olho da tempestade, a solução permanece: fique em paz, fique calmo. Sem paz, não há justiça. Acredito que Martin Luther King concordaria”, observa.