Durante anos, o pastor norte-americano Francis Chan disse que lia a Bíblia com a convicção de pregar tudo o que estava escrito nela. Mas em outros momentos, ele se acovardou e tentou aliviar seu conteúdo, para parecer mais gentil.
Diante disso, ele fez uma pergunta: “Quando você está sozinho com a Bíblia — não numa conferência, numa igreja, ou com seus irmãos — você sente paz? Você sente paz em relação a sua própria vida e onde a igreja está?", ele questionou em uma de suas pregações.
Quando Chan lia a Bíblia e os acontecimentos que envolviam os cristãos da igreja primitiva, ele ficava atordoado. “É tão radicalmente diferente do que eu estou experimentando! Mas eu vou à igreja e parece que todo mundo está satisfeito com isso. Então eu meio que vou indo. Por que me aborrecer? Temos conferências, estudos bíblicos...", ele lembra.
“Mas quando eu estava sozinho, eu ficava pensando: o que nós estamos fazendo? Às vezes eu sentia como se estivéssemos brincando. ‘Não falamos o nome de Deus em vão, não bebemos, lemos a Bíblia, cantamos alguns hinos, vamos para casa e isso é a igreja’. Mas lendo a Palavra de Deus, eu não sabia por onde começar”, continua o pastor.
Quando Francis se deparou com a igreja de Atos em comparação com a igreja atual, ele entrou num conflito. "Nada conseguia deter aquela igreja, havia um poder incontrolável. Hoje você olha para as nossas igrejas e percebe que elas são bem passíveis de serem detidas. Basta o pastor sair; se ele era um bom preletor e o substituto não é tão bom preletor e a igreja está morta”, ele observa. “Você chama isso de poder incontrolável? Você chama isso de uma igreja em que as portas do inferno não prevalecerão contra ela?”
Há alguns anos, Francis pastoreava a igreja Cornerstone Community Church em Simi Valley, na Califórnia. Ele chegou à conclusão em certo momento de seu ministério. "Eu acredito que se Jesus tivesse uma igreja em Simi Valley, a minha igreja seria maior. Porque existem pessoas que me seguiriam e jamais teriam seguido a Jesus”, ele observa.
“As palavras Dele eram ásperas demais. Ele nunca conseguiria manter uma multidão, como eu consigo. E isso começou a me incomodar”, Francis confessa. “Se Jesus Cristo tivesse um ministério de jovens — o Jesus sobre o qual você lê nas Escrituras — quantos iriam segui-Lo? Se o apóstolo Paulo fosse um pastor de jovens, esse pessoal iria odiar!”.
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