O volume de crédito oferecido pelos bancos cresceu 1,9% em outubro deste ano, chegando à marca inédita de R$ 1,64 trilhão, informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central. Em setembro, o crédito dos bancos somavam R$ 1,61 trilhão. Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), avançou para 47,2%, novo recorde histórico.
"As operações de crédito do sistema financeiro prosseguiram apresentando desempenho condizente com o dinamismo da atividade econômica, intensificado pelo aquecimento sazonal dos negócios associados às vendas de fim de ano e pela trajetória positiva dos indicadores de renda e emprego, com impactos favoráveis nas expectativas de empresários e consumidores. Esse ambiente tem favorecido tanto a demanda por investimento e por capital de giro das empresas, quanto a sustentação do consumo de bens duráveis por parte das famílias, especialmente no que diz respeito às aquisições de veículos", informou o Banco Central.
Empresas e pessoas físicas
De acordo com a autoridade monetária, os financiamentos destinados a pessoas jurídicas traduziram principalmente a evolução das modalidades de capital de giro e adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC), ao mesmo tempo em que o saldo dos empréstimos contratados com pessoas físicas, com ênfase nas expansões das modalidades financiamento de veículos e crédito pessoal, atingiu R$ 537,4 bilhões, elevando-se 1,6% no mês.
Crédito pessoal e consignado
Ao mesmo tempo, o volume do crédito pessoal para as pessoas físicas também continou avançando em outubro, quando subiu 1,6%, para R$ 221 bilhões. Já os empréstimos com desconto em folha de pagamento (o chamado crédito consignado) registraram expansão de 1,6%, para R$ 133 bilhões. A participação do consignado no crédito pessoal caiu de 60,6% em setembro para em 60,4% em outbro. A diferença é que, com desconto em folha de pagamento, os juros são mais baixos. Em setembro, os juros do consignado somaram 26% ao ano, contra 43,6% ao ano do crédito pessoal.