Dezenas de representantes das centrais sindicais lotaram o plenário da Câmara nesta terça-feira (15), em protesto por um salário mínimo maior que R$ 545. Eles acompanham comissão-geral que acontece na Casa, com a participação do ministro Guido Mantega (Fazenda).
"Getúlio, Jango e Lula aumentaram o salário mínimo, e a Dilma?", questiona uma das faixas dos sindicalistas.
Além de Mantega, representantes das centrais e técnicos da oposição participam do debate.
Segundo o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a base está "em uma situação confortável" e "muito diferente da semana passada".
Todos os líderes participaram hoje de almoço na casa do líder peemedebista, Henrique Eduardo Alves (RN). Vaccarezza não quis comentar a possibilidade de retaliação contra deputados e partidos que votarem por uma valor maior do que os R$ 545.
DISSIDENTE
Em reunião na manhã de hoje, o PDT, por exemplo, do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), continuou defendendo R$ 560.
Questionado se o partido poderia perder o ministério ou ter cortes de emendas, o líder respondeu: "Não compete a mim decidir isso [ministérios], mas essa é uma discussão que faremos depois da votação. Ninguém paga pela intenção de cometer um crime, só paga depois que comete".
O PSB fará mais uma reunião para definir se votará unido com o governo. PT, PMDB, PR, PP, PTB e PSC fecharam com o valor de R$ 545. Nenhum deles, no entanto, fechou questão.
Por Maria Clara Cabral