Titular da Ferrari por seis temporadas, de 2000 a 2005, Rubens Barrichello vestiu o tradicional macacão vermelho justamente no período marcado pelo domínio de Michael Schumacher. Entre 2000 e 2004, o ex-piloto alemão conquistou cinco de seus sete títulos mundiais. Por inúmeras vezes, a escuderia italiana foi acusada de privilegiar Schumi em detrimento do brasileiro. E, 10 anos após ter deixado Maranello, Rubinho reconhece que acabou deixado de lado. Em entrevista ao programa "Agora é Tarde", da TV Bandeirantes, que será exibido nesta quinta-feira, o piloto de 42 anos faz uma declaração polêmica sobre o assunto:
- Ajudei o Schumacher a vencer diversas vezes. Dos sete títulos dele, um deveria ser meu - afirma.
Duas vezes vice-campeão mundial da F-1 com a Ferrari, em 2002 e 2004, Rubinho admite que facilitou a vitória do companheiro em diversas ocasiões. A mais polêmica delas aconteceu em 2002. No GP da Áustria, sexta etapa daquela temporada, o brasileiro recebeu ordem da equipe pelo rádio e cedeu o primeiro lugar na reta de chegada da corrida para Schumacher, que vinha na segunda posição.
- Eu não ia deixá-lo passar, mas recebi uma informação do staff da Ferrari que me fez pensar. Então, tirei o pé do acelerador - conta.
Na época, a Ferrari recebeu uma multa de US$ 1 milhão pelo episódio. A sentença do Conselho Mundial da FIA justificou a penalidade principalmente por causa da bagunça no pódio, já que Schumacher, bastante constrangido com a situação e vaiado pelo público, fez Barrichello subir no degrau mais alto para receber o troféu de vencedor. Outro brasileiro de longa carreira na Ferrari,Felipe Massa viveu situação semelhante em 2010, quando era companheiro de Fernando Alonso. No GP da Alemanha Alemanha, Massa ouviu a famosa mensagem “Fernando is faster than you” ("Fernando está mais rápido que você") pelo rádio e teve que entregar a vitória ao companheiro.