O ex-boxeador Mike Tyson publicou um artigo no jornal "New York Times" onde admite ser viciado em drogas e bebidas alcoólicas e declara estar empenhado em se tornar sóbrio em 2014.
Intitulada "Lutando para abandonar o hábito", a coluna começa com a promessa de que o ex-lutador quer se desintoxicar e descreve como Tyson se tornou um viciado ainda nos anos 80.
Tyson se refere a Cus D'Amato, seu primeiro treinador, como o responsável por mantê-lo afastado das drogas e focado nos treinos durante o início da carreira.
"Cus morreu um ano antes que eu ganhasse meu primeiro cinturão, em 1986. Quando ele se foi, eu tive um incentivo a menos para me manter disciplinado, e comecei a beber intensamente e a usar drogas", escreveu o ex-boxeador no artigo.
Ele conta ainda que após sua aposentadoria do boxe, em 2005, o vício se intensificou, e desde então tem lutado para se manter sóbrio, "às vezes de maneira bem sucedida, outras não".
O ex-campeão de boxe demonstra um profundo senso de culpa constante, e deixa transparecer alguma ambiguidade na sua relação com substâncias tóxicas durante a carreira.
"Mesmo quando eu era apenas um garoto antissocial, roubando e dando empurrões no Brooklyn, meus amigos e eu questionávamos nosso comportamento", conta.
Em 2009, Tyson prometeu a sim mesmo permanecer sóbrio após a morte acidental de sua filha de 4 anos, Exodus, mas teve uma nova recaída logo em seguida. Ele faz referência aos seus períodos de maior sucesso como os mais perigosos para o vício.
"Ei, se minha vida é boa, como fumar um baseado pode ser ruim? Como uma linha de cocaína pode ser ruim quando todas as outras coisas que ando fazendo são ótimas –especialmente quando há pessoas lindas e bem sucedidas alimentando meu ego e fornecendo as drogas?", escreveu Tyson.
O ex-lutador afirma que interrompeu um período de cinco anos de sobriedade no último mês de agosto, quanto terminou sua autobiografia, "Undisputed Truth", e estava prestes a estrear um programa de televisão no canal HBO.
Tyson encerra o artigo num tom otimista, dizendo que espera um 2014 "glorioso", onde "nossas resoluções bem intencionadas se tornarão realidades".