Há cerca de três semanas, o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg usava metáforas para aumentar ainda mais a especulação sobre uma possível transferência do meia Paulo Henrique Ganso para o Corinthians. Chegou até a admitir que seu clube poderia magoar o rival para ter o jogador. Mas decidiu interromper o discurso às vésperas da decisão do Campeonato Paulista.
"Qualquer tentativa de perturbar o equilíbrio emocional do melhor craque do Brasil não seria um ato desportivo. Vamos tentar evitar que ele jogue todo o futebol que sabe, mas respeitando o jogador", afirmou Rosenberg, sem esconder o sonho de ver Ganso com o uniforme do Corinthians. "A gente conversa depois."
O interesse corintiano na contratação de Ganso provocou constantes desmentidos do Santos, do jogador e até do grupo DIS, que agencia a carreira do meia e entrou em litígio com a diretoria santista. Pelo Corinthians, o presidente Andrés Sanchez nega que seu clube sirva de ponte para um atleta rumar para a Europa, conforme era noticiado.
Nos últimos dias, contudo, a rivalidade do Corinthians ficou mais acirrada com o Palmeiras, por causa da brigada e polêmica semifinal do Estadual. "Foi um novo episódio de uma batalha de quase cem anos, entre os rivais mais antigos do futebol paulista", definiu Luis Paulo Rosenberg.