Goleiro deixa claro sua irritação com o desempenho do time, que abriu 3 a 0 contra o Bolívar, mas permitiu a virada e saiu de campo derrotado por 4 a 3
Rogério Ceni não queria falar muito ao fim da derrota para o Bolívar, em La Paz. \"Vou para o vestiário esfriar a cabeça\", disse. Mas o pouco que o capitão do São Paulo falou serviu para mostrar sua insatisfação com a atuação da equipe, que levou a virada depois de ter aberto três gols de vantagem no primeiro tempo.
"Tivemos uma aula de como é jogar em equipe, do que é jogar com alma, vontade. Acho que foi uma aula importante para levar essas questões para o futuro\", opinou o goleiro, de cabeça quente pela falta de entrega dos jogadores.
\"Falo sempre que o atleta tem que fazer o melhor sempre. Não em resultado, porque poderíamos ter perdido aqui sem problema. Mas a forma como perdemos não é digna do que o São Paulo normalmente mostra\", concluiu, na descida para o vestiário do Estádio Hernando Siles.
O gol que mais irritou o camisa 1 foi o segundo. Aos 13 minutos da etapa complementar, a defesa parou após cruzamento vindo do lado direito, e o zagueiro Cabrera subiu sozinho para colocar a bola longe do seu alcance. Assim que viu a rede balançar, o goleiro balançou a cabeça negativamente, em sinal de desaprovação.
Apesar do tom duro de suas declarações em campo, a equipe conseguiu a classificação para o grupo 3 da Libertadores - ao lado de Atlético-MG, The Strongest (Bolívia) e Arsenal (Argentina) - em razão da goleada de 5 a 0 aplicada no jogo de ida, no Morumbi.
O primeiro jogo será em 13 de fevereiro, contra o Atlético-MG, fora de casa. Antes disso, a equipe se volta para o Campeonato Paulista. No domingo, encara o Santos, na Vila Belmiro.
*Com Gazeta