Governador do Rio, que tenta a reeleição, já arrecadou R$ 4,6 milhões; juntos, os outros candidatos não chegam a R$ 1 milhão Na primeira prestação de contas encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos que disputam o governo do Rio de Janeiro declararam ter arrecadado, juntos, R$ 5.634.275,00. Sozinho, o governador Sérgio Cabral (PMDB) acumula 83% desse montante, ou seja, R$ 4.695.475,00. Se contabilizados todos os depósitos feitos a favor de seus adversários, a soma chega a R$ 948 mil.
De acordo com a coordenação jurídica da campanha de Cabral, já foram gastos R$ 4.066.252, 98 do total arrecadado até agora. O limite máximo de gastos previstos pelo peemedebista foi de R$ 25 milhões. A assessoria de imprensa da candidatura do governador informa que "o relatório de prestação de contas parcial será disponibilizado ao público pela Justiça Eleitoral nesta quarta-feira (04)". O prazo do TSE para que as informações sejam divulgadas pela internet termina dia 6.
Fernando Peregrino, do PR, arrecadou R$ 800 mil. O limite máximo de gastos informado pelos coordenadores da campanha foi de R$ 5 milhões. As despesas discriminadas só foram reveladas ao TSE. A apresentação dos nomes dos doadores e dos valores depositados só precisa ser feita na prestação final, segundo a Justiça Eleitoral.
Fernando Gabeira, do PV, arrecadou R$ 100 mil. Segundo Neila Maria Pinto Tavares, mulher de Gabeira e uma das coordenadoras da campanha, 50% do valor foram doados pelo PV e a outra metade pelo advogado Marcelo Cerqueira (PPS), que concorre a uma vaga ao Senado pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS.
A maior parte do dinheiro está sendo usada na produção do programa eleitoral gratuito que será veiculado no rádio e na TV a partir do dia 17. Mas os valores discriminados também só foram apresentados ao tribunal.
Embora tenha arrecadado 0,4% do teto de R$ 25 milhões declarado ao tribunal eleitoral, Neila avalia que os valores vão melhorar após o início da propaganda eleitoral. Nós iríamos declarar R$ 15 milhões, mas tem a previsão do vice. O Márcio Fortes ( PSDB ) estimou um teto de R$ 10 milhões, por isso, elevamos o limite máximo de gastos. Mas a gente não vai gastar isso tudo. Talvez a campanha total custe R$ 5 milhões, não temos motivos para fazer uma campanha milionária, disse Neila.
Doações online não avançam
Neila reclama da burocracia que envolve a arrecadação de recursos pela internet. Os cartões de crédito levam 45 dias para repassar o valor doado, mas eu tenho que prestar contas a cada 30 dias. Como eu vou dizer que eu não tenho o dinheiro que aparece na doação?, reclama. A Justiça Eleitoral permitiu uma coisa, mas não explicou como ela pode ser viabilizada.
Jefferson Moura (PSOL) declarou ter arrecadado R$ 38 mil, dos quais R$ 36 mil já foram gastos. De acordo com a equipe que o assessora na campanha, 60% dos recursos cobriram despesas com a produção de material de publicidade e os outros 40% foram destinados aos custos com o programa de TV . Ainda segundo as informações da campanha, os recursos foram doados pelo fundo partidário e por pessoas físicas simpatizantes do candidato.
Cyro Garcia (PSTU) informou ter captado R$ 10 mil, mas já gastou R$ 7 mil com a produção de panfletos e programa de TV. A meta dos coordenadores da campanha é arrecadar R$ 50 mil até o fim deste mês. Os assessores do candidato informaram que os recursos foram doados por pessoas físicas que apoiam a campanha, já que o partido não aceita financiamento externo feito por empresas e bancos.
Pagamento a longo prazo
Eduardo Serra, PCB, declarou ao TSE não ter arrecadado nada. Nós só conseguimos abrir a conta da campanha na semana passada, por isso nada foi depositado, explica o candidato. Mas a partir de agora, com a conta aberta, vamos começar a arrecadar. Já recebemos R$ 2 mil em cheques para doação, só falta depositar. E tem ainda o fundo partidário, diz Serra, que informou que os gastos foram cobertos com cheques pré-datados.
A campanha do comunista estabeleceu um limite de gastos de R$ 200 mil. Mas acho que vamos gastar, no máximo, R$ 30 mil. Não porque queremos, mas porque achamos que é o máximo que conseguiremos arrecadar, avalia ele.
Postado por: Cristiano Bitencourt