O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), órgão especializado da Polícia Civil de São Paulo, deverá investigar o caso da vendedora Wanessa de Souza Peixoto, de 23 anos, assassinada a tiros num suposto assalto na Avenida do Cursino, no Jardim da Saúde, na Zona Sul da capital paulista, no sábado (10).
O crime foi registrado inicialmente como roubo seguido de morte na Central de Flagrantes da 2ª Delegacia Seccional Sul, mas como a autoria do latrocínio ainda é desconhecida, foi solicitada ajuda do DHPP. O ex-namorado da vítima, um taxista de 40 anos, foi detido por posse ilegal de arma de fogo. Ele também é investigado por suspeita de ter participado do assassinato de Wanessa. Apesar de negar o crime, ele está preso numa carceragem da Polícia Civil, que pediu a prisão temporária do suspeito por suposto envolvimento na morte da ex. Procurada nesta segunda-feira (12) pelo G1 para comentar o assunto, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública informou que até as 11h não havia definição de quem presidirá o inquérito que vai buscar identificar o criminoso.
Testemunhas disseram à polícia que um motociclista parou o carro da vendedora na avenida por volta das 7h do sábado e atirou nela. Três disparos foram ouvidos. A bolsa da vítima teria sido levada pelo criminoso que fugiu de moto. Caída dentro do veículo, Wanessa foi socorrida por pedestres. Ela ainda chegou a ser levada com vida a um hospital, mas não resistiu.
Câmeras de segurança gravaram a ação criminosa e estão sendo analisadas por investigadores. O objetivo é buscar alguma pista que leve a moto e ao bandido. Até o início desta manhã o assassino ainda não havia sido identificado pela polícia.
Estamos investigando o caso. Aguardamos a decisão da Justiça sobre o pedido de prisão temporária, de cerca de cinco dias, para o suspeito para que possamos continuar nossa apuração com ele detido, disse o delegado adjunto Airton Sante Amore, do 16º Distrito Policial, na Vila Clementino. Segundo os policiais, o suspeito não quer falar com a imprensa.
Segundo os depoimentos de testemunhas, parentes e amigas da vítima, ela era constantemente procurada pelo ex-namorado, que queria reatar o romance. A vítima e o taxista namoraram e moraram juntos por mais de três anos. Quando eles começaram a namorar, o homem havia deixado a mulher, com quem foi casado por 20 anos. Após terminar com a vendedora, voltou para a ex-mulher. Em seu depoimento, ele disse que chegou a procurar a ex-namorada, mas havia parado com isso e estava feliz atualmente com a mulher e o filho, disse o delegado Amore.