A Prefeitura de São Paulo vai usar restos de concreto da demolição do Edifício São Vito, no centro da capital paulista, para produzir asfalto e pavimentar oito ruas da cidade. O anúncio do uso do asfalto ecológico foi feito pela prefeitura na quarta-feira (1º), mas então sem a divulgação de que restos do São Vito seriam usados no processo.
O projeto começa em ruas pequenas, cobrindo 2,6 km de comprimento nos bairros do Butantã, Brasilândia e Jardim Romano. A previsão é que as obras de recapeamento "ecológico" comecem na segunda metade do mês. O investimento inicial é de R$ 2 milhões.
Para o meio ambiente, o benefício é a reutilização de entulhos que teriam como destino final os aterros sanitários. Para a prefeitura, a vantagem é uma economia de cerca de 40% nos custos de produção do asfalto.
Os restos de material serão usados principalmente na sub-base do asfalto. É feita uma triagem inicial, depois uma trituração, e os pedregulhos são então misturados a uma massa asfáltica mais homogênea. Depois, é aplicada outra camada de 10 a 15 cm de asfalto normal, e uma última, com cerca de 5 cm de espessura.
É a primeira vez que a técnica é usada em São Paulo. Só o São Vito deve produzir material suficiente para ser usado em 30 km de pavimentação.
As ruas beneficiadas com a medida serão:
- no Butantã - avenida Domênico Martinelli, avenida Darcy Reis, avenida Francisco da Mata, avenida Guilherme Fungaro e rua Constance Mayer;
- em Brasilândia - travessa Francisco Reis e rua Valentim Peres;
- em São Miguel - rua João Barbosa Rabelo.