A menos de 500 metros da Delegacia de Combate a Exploração a Criança e ao Adolescente (Dececa), a Polícia prendeu em flagrante um estrangeiro acusado de abusar sexualmente de duas adolescentes. Uma de 14 e a outra de 15 anos. A prisão do iraniano F. M., 45, aconteceu no apartamento dele, localizado na rua Brás de Francesco, no bairro São Gerardo, em Fortaleza (CE). A garota de 15 anos confessou na Dececa ter recebido R$ 40 pelo programa e a outra R$ 37.
De acordo com a delegada Ivana Timbó, o iraniano já vinha sendo investigado há dois meses, suspeito de pedofilia. Era comum, segundo os moradores do condomínio que ele morava, o entra e sai de meninas. Foram dois meses de campana. Ontem iríamos cumprir um mandado de busca e apreensão, quando flagramos as duas meninas com ele, afirmou a delegada da Dececa.
Na delegacia, F. revelou que há 10 anos mora em Fortaleza. A Polícia não soube dar informações acerca de situação dele no Brasil. Vamos comunicar amanhã, a prisão dele à Polícia Federal e posteriormente à embaixada iraniana, em Brasília, disse o superintendente da Polícia Civil, delegado Luís Carlos Dantas, que acompanhou a prisão do estrangeiro.
Durante o interrogatório, a Polícia acabou descobrindo que o acusado já responde a processos na Justiça Estadual por porte ilegal de arma, estelionato, desacato e resistência à prisão e por violação aos direitos autorais.
F. M. foi autuado em flagrante por abuso e exploração sexual de adolescentes. Se condenado poderá pegar até 10 anos de prisão. As duas garotas foram encaminhadas para seus familiares após o procedimento na Dececa.
Outro caso
Atualmente, a delegada Ivana Timbó investiga na Dececa, mais um caso de repercursão de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
O caso veio a tona depois que meninos de 6 a 13 anos, moradores do município de Pacatuba, Região Metropolitana, relataram casos de abusos praticados por um morador do município.
O inquérito policial está sob investigação e a Polícia dispõe de mais 25 dias para concluí-lo e remetê-lo à Justiça.
O acusado, um homem de 42 anos já tem duas passagens pela polícia - uma delas por abuso sexual - e está solto. Ivana Timbó, prefere não divulgar a identidade do homem para não atrapalhar as investigações.
As denúncias, segundo familiares das crianças, aconteciam na casa do agressor. Algumas chegaram a descrever com detalhes o que acontecia no local.
A delegada Ivana Timbó disse que somente depois de ouvir as crianças terá uma conclusão exata. Quando ouvirmos todas as crianças, vamos saber o que se passa dentro da casa do abusador, frisou.
A pena para os casos de estupro ou atentado violento ao pudor varia de seis a dez anos.
Quando o agressor é o pai, tutor ou parente, a pena tem acréscimo de metade, ou seja: pode variar de nove a 15 anos.