A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a grande estrela do programa de TV do Partido dos Trabalhadores (PT) exibido na noite desta quinta-feira (10). Vestida de vermelho, Dilma foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma das pessoas mais importantes do governo, competente e com capacidade de unir e melhorar a vida das pessoas.
''Tem gente que pensa que eu faço tudo sozinho, mas a verdade é que eu tenho uma excelente equipe, com ministros de vários partidos. Os ministros do PT têm um papel importante neste trabalho. Um grande exemplo é a ministra Dilma, que, além de coordenar o ministério, é responsável pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), pelo pré-sal e pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Dilma confirma a regra de que mulher faz tudo com muito amor, dedicação e competência''.
Em diversos momentos, Dilma e Lula dialogaram sobre os programas de governo e os avanços do país na área econômica e social.
Afirmou Lula:
''Sabemos que ainda há problemas para resolver, mas sabemos também que já encontramos o melhor caminho''.
Dilma respondeu dizneo que pensa como o presidente:
''Tem governo que fez pouco e acha que fez muito. Nós, não. A gente fez muito, mas sabe que é preciso fazer muito mais. O Brasil melhorou, mas, como o senhor mesmo disse, devemos sempre fazer mais''.
Em outro momento, Dilma apresenta suas ideias e se coloca como a sucessora de Lula:
''Para mim, o mais importante é termos uma educação e uma saúde entre as primeiras do mundo. Isso é possível. O governo Lula está fazendo o Brasil ficar do tamanho que merece. Nós já aprendemos o caminho [...] Sem dúvida presidente, o Brasil hoje está pronto para dar um novo salto em sua história''.
Boa parte do programa foi dedicada a criticar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula e Dilma se abstiveram dessa função, que coube aos demais apresentadores e locutores:
''Antes do PT, eles governavam para poucos. Cuidavam da economia para melhorar a própria economia e não a vida das pessoas, e separavam o que consideravam coisa de pobre de coisa de rico''.
Carne na mesa, universidade e luz foram os exemplos citados como coisas que eram para ricos e que agora também são para pobres, enquanto ''para eles apenas os ricos pareciam ter o direito de ser feliz''.
O programa ironizou as relações que eram mantidas pelo governo FHC com outros países:
''Pois não pra lá, sim senhor pra cá, ou melhor, yes sir of course. Sim, eles sabiam se humilhar muito bem em inglês na frente dos poderosos''.