A maioria dos usuários de banda larga móvel no Brasil não está disposta a pagar muito para ter acesso ilimitado à internet em seus devices: 31% dizem querer pagar entre R$ 5 e R$ 10, 27% pagariam entre R$ 10 e R$ 20 e 21% desejam gastar menos de R$ 5 reais ao mês. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (19) pela Opera Software, durante o 10º Tela Viva Móvel, realizado em São Paulo. A pesquisa revelou que apenas 12% considera justo um preço entre R$ 20 e R$ 30 reais.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 3 mil pessoas, usuários brasileiros de navegadores da Opera para sistemas móveis. Segundo a executiva de contas sênior da Opera Software, Sabrina Zaremba, o Opera possui 170 milhões de clientes no mundo, sendo que deste total mais de 100 milhões são de plataformas móveis. A empresa é líder mundial no fornecimento de navegadores para devices. No Brasil, são 1,94 milhões de clientes ativos visitando em torno de 600 milhões de páginas por mês. A meta da empresa é alcançar 5 milhões de usuários ativos no País ainda em 2011.
Segundo a pesquisa, 45% dos usuários entrevistados disseram que navegam na internet apenas pelo celular, número que revela a capacidade inclusiva das plataformas móveis e a mudança de comportamento no acesso. Segundo Zaremba, a proporção brasileira é semelhante a outros países emergentes, como a Índia. Com relação a renda, 51% dos entrevistados ganham mais de R$ 12 mil reais por ano.
Entre esses usuários exclusivos de plataformas móveis, 43% disseram que, antes, acessavam a internet de casa; 23% de lan houses; 8% da casa de amigos ou familiares; e 8% no trabalho. O que os pesquisados mais fazem na rede é acessar as redes sociais (73%), seguido de perto pelos sites de busca (67%), emails (64%) e downloads de música (55%), aplicativos (53%) e games (48%).
Os sites mais visitados não diferem muito das grandes audiências em plataformas convencionais. O Google é o site mais visitado, seguido pelas redes sociais, no caso, o Orkut, a Live e o Youtube. Os dispositivos mais usados são os da marca Nokia, em 42,22% dos casos, e Apple, em 18,1%. Por Marcelo Vieira