Pedalar na cidade grande já é um grande desafio confira 10 dicas para sobreviver de bike -, mas, além de técnicas que se adquire com a experiência, existe uma série de equipamentos que podem ser fortes aliados na busca pela pedalada perfeita e segura. Dependendo do terreno, condições de clima e distância do percurso, os acessórios necessários variam.
Antes de se empolgar com cacarecos para equipar sua bike, Leandro Valverdes, 33, membro da Ciclocidade, associação de ciclistas urbanos de São Paulo, dá um conselho. Não adianta ter uma bicicleta muito barata. Geralmente é possível encontrar boas bikes na faixa entre R$ 500 e R$ 1000. As rodas e os freios de bicicletas baratas são muito simples. Para quem o dinheiro não está sobrando, adquirir uma usada pode ser boa opção. É melhor do que comprar uma nova muito barata. Equipamentos básicos de segurança
Para pedalar com segurança, boa parte do cuidado depende, não de equipamentos, mas do comportamento do ciclista em relação ao trânsito e ao ambiente que o circula. Mesmo assim, no entanto, alguns acessórios simples podem fazer toda a diferença.
Existem aqueles que são necessários e, inclusive, exigidos por lei: campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo. Mas não é só isso. Se você vai pedalar à noite, iluminação própria é essencial. Até por que, sem isso, os pedestres não te vêem, explica o ciclista.
Luvas de proteção podem garantir uma queda mais segura, e óculos podem ser uma boa para as grandes cidades. Óculos protetores são úteis para minimizar os efeitos da poluição e até mesmo proteger contra insetos, diz Valverdes.
Um capacete pode ser outra boa aquisição, mas também não precisa exagerar com os equipamentos de segurança. Ctoveleira e joelheira mais atrapalham do que ajudam. Não adianta querer vestir uma armadura para pedalar, brinca o cicloativista.
Chove chuva Pedalar na chuva não tem muitos problemas, a principal dificuldade é óbvia: chegar em casa, no trabalho ou na escola ensopado. Por isso, ter um paralama é essencial, o acessório evita que a água do chão pare nas costas ou no rosto do ciclista. O que suja mesmo é a chuva que vem de baixo, de poças de água misturadas com óleo de carro, explica Willian Cruz, 38, cicloativista e criador do blog Vá de Bike.
Importante também é vestir uma capa de chuva adequada para a prática. Capas em formato de poncho são ideais, mas podem ser um pouco difíceis de encontrar, conta Valverdes. É necessário que a peça proteja da chuva, mas deixe espaço para ventilar, uma vez que, fazendo exercício físico, a tendência é que o corpo sue.
Para andar na terra Se luvas e capacetes podem ser dispensados em outros tipos de terrenos, para andar na terra os acessórios são fundamentais. A chance de cair é bem maior do que na cidade, garante Cruz.
Como o terreno é bastante incerto, é importante estar precavido. Acho legal levar uma câmara reserva, se fura o pneu, é só trocar e seguir caminho. Uma bomba para encher, claro, também é essencial.
Além disso, como o solo é acidentado, suspensão traseira é uma boa pedida para absorver os impactos, já a traseira nem tanto. A suspensão de trás rouba muita energia na subida, explica o especialista.
Simples e útil Tem um tipo de fita refletiva que é bastante útil. Ela segura a barra da calça e ajuda na visualização do ciclista, conta Cruz. O equipamento custa algo em torno de R$ 50 e pode assegurar que sua calça siga intacta até o final do percurso.
Outros equipamentos interessantes são lanternas movidas a energia solar: elas carregam durante o dia para serem usadas à noite. Além de ser uma solução ecológica, depois de um investimento inicial de algo em torno de R$ 40, a economia com pilhas deve compensar.
Se navegadores com GPS podem não ser uma boa por indicarem os melhores caminhos para automóveis que invariavelmente não são boas opções para um ciclista -, um smartphone com acesso à internet facilita a vida. Uso sempre meu celular para saber onde estou e qual o melhor caminho a seguir. É essencial, finaliza Cruz.