Ao ouvir a palavra "dependência", geralmente a associamos a dependência química (álcool, droga ou medicamentos), no entanto, existem outros tipos de dependência que também podem ser prejudiciais, mas que não são conhecidos. São eles:
Dependência emocional
É caracterizada pela dependência à figura de outra pessoa, que pode ser marido, mulher, pai, mãe, filho ou amigos. Nesse caso, a pessoa não se sente segura para realizar tarefas ou até sair de casa se não estiver acompanhada pela pessoa que é objeto de sua dependência, ou seja, se a criança for dependente da mãe só se sentirá bem e confortável na companhia dela.
Quando o alvo de dependência é o marido ou a esposa, a pessoa tende a viver em função do relacionamento e dos atos do seu objeto de amor, provocando atritos no relacionamento.
A pessoa emocionalmente dependente de outra pode experimentar sentimentos de medo, solidão, ansiedade, rejeição, insegurança, falta de confiança e angústia. Tende a agir de forma controladora para que não "perca ninguém a sua volta".
Dependência por compras
Essa pode ser considerada uma das formas mais complexas de ser caracterizada como dependência, pois muitas pessoas não reconhecem o seu comportamento como compulsivo ou dependente e os seus sintomas são socialmente aceitos.
O gosto por fazer compras torna-se compulsão quando as saídas para fazer compras não são mais planejadas, a pessoa se sente angustiada ao sair do shopping de mãos vazias, não avalia a real necessidade do que vai comprar e também não calcula se o preço é compatível com a sua situação econômica.
Nesse tipo de compulsão, um ciclo perigoso e prejudicial pode ser iniciado: com o excesso de compras a pessoa vai contraindo dívidas que não podem ser pagas por falta de dinheiro, ao deparar-se com essa dificuldade a pessoa se sente angustiada e vai às compras para aliviar a angústia, aumentando ainda mais a sua dívida, o que no próximo mês acarretará em maior angustia e novas compras.
Dependência alimentar
Caracteriza-se por um forte e irresistível desejo em consumir especificamente um determinado alimento. A pessoa faz uso de um determinado alimento como, por exemplo, chocolate, para aliviar tensão, aplacar frustração ou festejar uma conquista.
Existem pessoas que ao parar de fumar substituem o cigarro por bala; não conseguem sair de casa sem bala nos bolsos e faz uso delas para dar vazão às diferentes emoções vividas no decorrer do dia.
Há também as pessoas que não participam de um evento no qual ela poderá ser destaque, como reunião, palestra ou festa se não estiver mascando chiclete.
Nesses exemplos, a pessoa usa um alimento específico (bala o chiclete) para dar vazão as suas emoções e para sentir maior segurança.
Dependência em atividade física
Geralmente as pessoas iniciam a prática de atividade física em busca de saúde, bem-estar, qualidade de vida e uma nova silhueta, no entanto, a prática pode tornar-se exagerada e levar a dependência.
A dependência pode ser caracterizada quando a duração da atividade é prolongada, quando compromissos pessoais são cancelados por coincidirem com o horário de treino e quando a impossibilidade de ir a academia gera nervosismo e agressividade.
A pessoa viciada em exercícios físicos também pode apresentar lesões musculares e dores generalizadas no corpo, que são ignoradas para que não se perca um dia de treino.
Aliada a esse tipo de dependência podemos encontrar o radicalismo na dieta e o uso abusivo de medicamentos para melhorar o desempenho e diminuir o cansaço.
Dependência em jogos
Pode ser compreendida como o hábito exagerado de jogar, sem que as consequências sejam medidas. Existem pessoas que apostam tudo o que tem na esperança de ganhar.
Aliás, as pessoas viciadas em jogos sempre acreditam que se darão melhor na próxima partida e apostam cada vez mais em busca da realização desse desejo. São geralmente pessoas que se sentem sozinhas e carentes.
Desde 1992 a dependência em jogos é considerada como transtorno psiquiátrico pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dependência tecnológica
Esse tipo de dependência tem sido amplamente discutido nos dias de hoje, pois há uma grande parcela de pessoas que acreditam não tratar-se de um distúrbio por ser impossível viver sem tecnologia no mundo atual.
Concordo que hoje precisamos da tecnologia para trabalhar, achar um novo caminho na rua e lidar com os eletrodomésticos em casa.
Mas a necessidade vira dependência quando a pessoa sente que está "fora do mundo" quando está sem celular e acesso a internet, quando troca programas "reais" por conversas virtuais, checa os e-mails várias vezes na mesma hora, troca noites de sono por noites jogando em rede, expõe todos os momentos e detalhes da sua vida nas redes sociais e sente-se excluída e diminuída socialmente quando não tem os novos aparelhos tecnológicos.
Caso você tenha se identificado com alguma situação acima, procure um profissional capacitado e responsável para lhe ajudar a superar qualquer tipo de dependência e viver com maior segurança e tranquilidade e menor ansiedade, angústia, irritabilidade e nervosismo.