Coluna - Pr. Anésio Rodrigues
O real valor do real
Desde a independência, em 1822, o Brasil teve nove moedas. A primeira, que já circulava por aqui no início da nossa colonização, foi o réis, nome derivado do real, a unidade monetária de Portugal nos séculos 15 e 16. O Brasil só veio a conhecer sua segunda moeda oficial em 1942, quando entrou em cena o cruzeiro. A partir daí, devido aos problemas da economia brasileira, as mudanças não pararam mais até 1994, ano de estréia do real. As várias mudanças foram determinadas pela persistência da inflação elevada, que deteriorava rapidamente as moedas em circulação, forçando o governo a trocar a unidade monetária de tempos em tempos. Os famosos cortes de zero na passagem de uma moeda para outra também simplificavam a vida das pessoas. Afinal, se ainda usássemos a mesma unidade monetária dos anos 80, por exemplo, você teria que pagar alguns bilhões de cruzados para comprar um simples refrigerante.
A primeira unidade monetária foi herança da colonização. O réis já circulava no Brasil desde a época da colonização. Quando veio a independência, em 1822, o réis foi mantido como nossa unidade monetária. Em novembro de 1942, mil réis passaram a valer 1 cruzeiro. Em 1964, uma pequena mudança: o cruzeiro perdeu os centavos. O Cruzeiro novo fez sua estréia em fevereiro de 1967. Em maio de 1970, apenas se alterou o nome da moeda novamente para Cruzeiro. Em fevereiro de 1986, mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzado. Em janeiro de 1989, um novo pacote econômico do governo estabelece que mil cruzados passariam a valer 1 cruzado novo. Em março de 1990, o velho cruzeiro é ressuscitado, e a moeda passa a se chamar agora por este nome. Em agosto de 1993, o cruzeiro se desvaloriza e mil cruzeiros passa a valer 1 cruzeiro real. A atual moeda, o real, surge em 1º de julho de 1994; 2 750 cruzeiros reais equivaliam a uma Unidade Real de Valor (URV), que valia 1 real. O real tem sido uma moeda estável e forte desde então.
Como você viu, a geração que hoje está com seus 30 anos para cima, foi formada debaixo de uma economia instável e insegura. Não dava para se fazer planos a longo prazo. Era melhor gastar logo o dinheiro antes que se desvalorizasse. Na época do ?over night?, o seu dinheiro chegava a perder o valor de um dia para o outro, caso não fosse aplicado.
Graças a Deus esse tempo passou, mas infelizmente, a sua cultura ficou. Precisamos reaprender a lidar com o dinheiro para ensinarmos isto também aos nossos filhos. Recomendo a todos os irmãos que voltem a sonhar e a fazer planos. Façam cálculos e contas de suas rendas anuais. Pensem seriamente em investimentos, evitar prestações, evitar gastar por impulso e pesquisar os preços nos concorrentes antes de comprar alguma coisa.
Se ainda não acordamos para isto, estamos num novo tempo em nossa economia, que exige de nós uma nova postura com relação ao dinheiro.
Que o Senhor nos dê capacidade para nos organizarmos, sabedoria e inteligência, para aprendermos a lidar com as riquezas materiais, que também nos foram dadas por ele, para o nosso prazer.
Provérbios 8:12,20,21(Nova Versão Internacional)
"Eu, a sabedoria, ando concedendo riqueza aos que me amam e enchendo os seus tesouros."
Provérbios 10:4(Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
"O preguiçoso fica pobre, mas quem se esforça no trabalho enriquece."
Um grande Abraço!
Anésio Rodrigues é pastor e presidente da Associação Cristã de Osasco - SP, uma entidade que visa atender pessoas carentes com escolas, e um Centro Social.