Um dos principais sintomas da esofagite é a azia, aquela sensação de queimação que costuma atingir a região do tórax, principalmente após as refeições. Isso ocorre devido ao retorno de líquidos ácidos do estômago. Em vez de trabalharem na digestão, eles alcançam o esôfago e depois de um tempo são capazes de causar inflamações no órgão. Para evitar ou amenizar o problema, uma das soluções é manter hábitos alimentares saudáveis.
Ainda que em alguns casos sejam receitados remédios, o cardápio adequado é tão importante quanto os medicamentos para evitar que a doença volte a incomodar, destaca a nutricionista Debora Almeida, de São Paulo.
A quem sofre constantemente com o retorno desses líquidos ácidos do estômago, processo também conhecido como refluxo, a nutricionista sugere maior moderação no consumo de itens com alto teor de gordura, como alimentos embutidos e certos cortes de carne vermelha. O excesso de frutas cítricas e bebidas ricas em cafeína, inclusive, piora o quadro. Nessas situações, é bom ir devagar com o cafezinho e dar preferência às carnes magras, como frango e peixe, diz Debora.
Menos aceleração é essencial
Além disso, fazer as refeições em ritmo acelerado serve para piorar os sintomas da esofagite, já que a mastigação é prejudicada e a comida chega em pedaços maiores ao estômago, dificultando a digestão. Ficar muito tempo em jejum favorece os exageros durante as refeições, o que também é capaz de causar o refluxo, explica a nutricionista. Para prevenir o problema, ela sugere, ainda, a redução no consumo de refrigerantes, que aumentam a acidez estomacal. Uma ideia é substituí-los em boa parte das vezes por sucos naturais.
Deitar logo após o jantar é outro hábito que favorece o refluxo, podendo piorar a esofagite. Portanto, o ideal é aguardar, pelo menos, duas horas antes de ir dormir. Por isso é bom fazer a refeição cedo, sugere Debora. Da mesma forma, a obesidade também contribui para o problema. Assim, aliar a alimentação correta à prática de atividades físicas regulares é um modo de se prevenir.