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Israel

Palestina exige que ONU classifique Israel como "racista"

Segundo a Organização de Libertação da Palestina, Israel promove a segregação entre judeus e palestinos.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: terça-feira, 15 de janeiro de 2019 às 14:03
Palestinos atacam em Gaza. (Foto: Middle East Eye)
Palestinos atacam em Gaza. (Foto: Middle East Eye)

A Organização de Libertação da Palestina (OLP) exigiu na última quinta-feira (10), que a Organização das Nações Unidas reintegre uma resolução rescindida na década de 1990, que afirma: "O sionismo é racismo".

Segundo o texto da resolução, o "estado de ocupação" — que é como se refere a Israel — promove a segregação entre israelenses e palestinos.

"Para todos aqueles que defendem o estado de ocupação, é hora de deixar de lado a alegação de que é a única democracia no Oriente Médio, agora que abriu a via do apartheid, que separa os motoristas israelenses e palestinos", disse Ahmed Majdalani, membro do comitê executivo da OLP.

Os comentários de Majdalani surgem depois que Israel inaugurou oficialmente a primeira seção de uma nova rodovia na Judeia (também conhecida como Cisjordânia), na última quinta-feira. A rodovia apresenta uma parede de separação que permite que os israelenses dirijam de um lado e os palestinos do outro.

O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, disse que a rodovia é "um exemplo da capacidade de criar uma coexistência entre israelenses e palestinos, enquanto protege os cidadãos de ambas nacionalidades dos perigos que desafiam a a segurança".

Enquanto isso, a liderança palestina chama isso de "estrada do apartheid".

Majdalani quer que a ONU restabeleça a Resolução 3379, que foi adotada em 1975 e declarou "que o sionismo [termo usado pelos árabes para se referirem ao movimento da criação do Estado de Israel] é uma forma de racismo e discriminação racial".

Reações

A resolução foi duramente criticada por ser antissemita e mais tarde foi revogada após uma campanha contra ela, liderada pelo então Presidente dos EUA, George W. Bush.

O sionismo, o movimento que promove o direito do povo judeu de ter autodeterminação em sua pátria ancestral, tem sido tradicionalmente alvo de um debate acirrado.

Esse debate histórico ocorreu recentemente entre os jornais e políticos americanos.

A colunista do New York Times, Michelle Goldberg, argumenta que "o anti-sionismo não é o mesmo que o antissemitismo".

"A fusão do anti-sionismo com o antissemitismo é um pouco de retórica que depende do tratamento de Israel como a personificação do povo judeu em todos os lugares. Certamente, algumas críticas a Israel são antissemitas, mas é inteiramente possível se opor ao etnacionalismo judaico sem ser intolerante", Goldberg escreveu.

"Enquanto a política de fato do governo israelense é que deveria haver apenas um estado na Palestina histórica, não é razoável considerar as demandas palestinas por direitos iguais naquele estado como antissemitas", disse ela.

David Harsanyi, editor sênior do Federalist, discorda de Michelle.

Enquanto ele admite que "o anti-sionismo não é o mesmo que o antissemitismo comum", ele argumenta, "o anti-sionismo é a forma mais significativa e consequente de antissemitismo que existe no mundo hoje. O anti-sionismo tem feito mais para minar a segurança judaica do que todos os tweets ofensivos, apitos de cães e marchas nacionalistas brancas combinadas".

"Se opor ao 'sionismo' em si — o movimento por uma pátria judaica — é negar completamente a validade de uma reivindicação judaica em ser reconhecida como uma nação. Ele coloca você em aliança com o Hamas, o Hezbollah e os mulás do Irã", explicou Harsanyi.

"Argumentar contra o nacionalismo dos judeus — ou seja, argumentar contra a capacidade dos judeus de se defenderem em seu próprio estado — é substancialmente antijudaico".

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