Congregação que fugiu da China vai para a Tailândia, ao ter asilo negado na Coreia do Sul

Desde 2019, os 60 membros lutam para ganhar asilo em outro país e escapar da perseguição comunista.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: quinta-feira, 8 de setembro de 2022 às 19:08
Membros da Igreja Reformada Santa em exílio na ilha de Jeju, na Coreia do Sul. (Foto: Cortesia de Pan Yongguan).
Membros da Igreja Reformada Santa em exílio na ilha de Jeju, na Coreia do Sul. (Foto: Cortesia de Pan Yongguan).

Uma congregação inteira que fugiu da China devido a perseguição comunista viajaram para a Tailândia, em busca de refúgio, após ter o asilo negado na Coreia do Sul.

Em 2019, 60 membros, incluindo 30 crianças, da Igreja Reformada Santa, da cidade de Shenzhen, fugiram para a ilha coreana de Jeju. 

Desde lá, os cristãos lutavam para sobreviver e obter asilo, mas suas solicitações foram negadas diversas vezes pelo país.

Então, a igreja decidiu tentar asilo na Tailândia. Segundo o líder da congregação, Pan Yongguange, os membros planejam ir ao escritório de refugiados da ONU em Bangkok, para pedirem status de refugiados.

Ao chegarem no país, alguns cristãos receberam vistos de turistas e outros ganharam extensões de permanência.

A congregação chinesa também entrou em contato com diplomatas americanos e solicitaram refúgio nos Estados Unidos.

Lutando para sobreviver

“Não podemos garantir nenhum status por meio de processos legais na Coreia do Sul, e os EUA também não nos reassentaram”, afirmou o pastor, ao The Street Journal, na segunda-feira (6).

Mesmo podendo ficar na Coreia do Sul até a ação de pedido de asilo ser concluída, a Igreja Reformada Santa decidiu tentar outra opção, porque o processo poderia levar anos.

“Isso é perigoso, mas é uma oportunidade. Se ficássemos em Jeju, não teríamos chance”, explicou o pastor Pan.

Recentemente, alguns membros receberam ligações de autoridades chinesas, que os assediaram. Para o governo comunista, a igreja doméstica é ilegal e está cometendo crimes contra a segurança nacional.

Perseguidos e procurados

Depois de fugir da China, a congregação viveu numa pequena casa alugada, trabalhando em colheitas de repolho e tangerina e não possuía nenhuma esperança de poder voltar à sua terra natal. 

Para o pastor da igreja fundada em 2012, não será possível voltar à China e o sofrimento da congregação faz parte do plano de Deus. “Não há caminho de volta para nós”, disse o líder, em entrevista ao The Wall Street Journal. 

Os membros que retornaram ao país tiveram as casas invadidas, as vidas controladas e sofreram retaliação. 

Os membros da igreja também suspeitam que as autoridades chinesas estão tentando descobrir seu paradeiro, pois receberam alguns telefonemas alarmantes.

O pastor Pan, um ex-médico de 43 anos, já tinha sido detido e interrogado por autoridades na China, que o acusavam de manter uma igreja ilegal. Yongguang foi treinado por pastores de uma Igreja Presbiteriana Reformada com base nos Estados Unidos. 

A Portas Abertas classifica a China em 17º na Lista Mundial da Perseguição, entre os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.




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