Um missionário cristão foi condenado a 10 anos de trabalho nos campos punitivos da Coreia do Norte, por uma suposta "espionagem". Kim Dong Chul, de 62 anos, um coreano com cidadania americana, foi acusado de roubar informações e passá-las para a Coreia do Sul.
A agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, informou: "O acusado confessou todos os crimes que cometeu — ele ofereceu informações sobre seu partido, estado e exército com o regime fantoche da Coreia do Sul, o que equivale a uma subversiva conspiração e espionagem".
No final de março, Dong Chul se apresentou em uma coletiva de imprensa para “confessar” seus crimes, em um país que costuma forçar a confissão de seus prisioneiros estrangeiros. Ele disse aos repórteres que foi pago por oficiais de inteligência da Coreia do Sul, e que foi apresentado a eles pela inteligência americana.
Antes da prisão de Dong Chul, em outubro do ano passado, ele havia iniciado um negócio próprio na cidade de Rason, na Coreia do Norte.
No início deste ano, uma mulher reconheceu Chul como um missionário cristão depois de vê-lo na televisão, afirmando que ele deu seu testemunho nos Estados Unidos sobre o trabalho que estava fazendo na Coreia do Norte. Um pastor também o reconheceu como missionário.
Dong Chul é um dos seis estrangeiros anunciados pela Coreia do Norte como prisioneiros, no local onde existem cerca de 70 mil cristãos em trabalho escravo.
Cerca de 300 mil pessoas, dentre a população de 25,3 milhões de habitantes da Coreia do Norte, são cristãs. Pelo 14º ano consecutivo, a Coreia do Norte é classificada pela organização Portas Abertas como primeiro país que mais persegue cristãos no mundo.
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