Família de pastor preso na Coreia do Norte teme por seu estado de saúde

O Rev. Hyeon Soo Lim, pastor da Igreja Presbiteriana Coreana Luz, no Canadá, foi preso na Coreia do Norte em janeiro de2015. Ele recebeu a visita de autoridades canadenses na semana passada, que expressaram preocupação com a saúde do líder cristão.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 13 de abril de 2016 às 12:09
Familiares e amigos do Rev. Soo Lim protestam, clamando pela volta do líder cristão. (Foto: Reuters)
Familiares e amigos do Rev. Soo Lim protestam, clamando pela volta do líder cristão. (Foto: Reuters)

A família do pastor de uma grande igreja canadense que foi condenado a um regime de trabalhos forçados em uma prisão da Coreia do Norte sob acusação de cometer crimes contra o regime de Comunista, teme que ele esteja passando por sérios problemas de saúde.

O Rev. Hyeon Soo Lim, pastor da Igreja Presbiteriana Coreana Luz, em Mississauga, Ontário (Canadá), foi preso na Coreia do Norte em janeiro passado. Embora ele estivesse no país em razão de uma viagem humanitária, promotores estaduais acusaram Lim de usar isso como um "falso pretexto" para entrar na Coreia do Norte e usar a religião para tentar derrubar o regime ditatorial de Kim Jong Un. Mais de 125 mil pessoas já assinaram uma petição, exigindo a libertação do pastor.

Em agosto passado, Lim foi forçado a confessar diante de câmeras que cometeu crimes contra o Estado. Sua confissão também foi acompanhada pela congregação da Igreja Pongsu de Pyongyang (Coreia do Norte).

Lim foi mais tarde condenado a um regime de trabalhos forçados na cadeia, durante uma audiência realizada em 16 de dezembro de 2015. Com 60 anos de idade, Lim confirmou cerca de um mês mais tarde, em uma entrevista à CNN que ele está sendo forçado a trabalhar cerca de oito horas por dia, seis dias por semana, realizando tarefas físicas como cavar buracos.

A CNN informou que uma delegação de diplomatas canadenses conseguiu se reunir com Lim na Coreia do Norte, na semana passada, em Pyongyang. Essa foi a segunda vez, desde dezembro, que uma delegação canadense se encontrou com o pastor.

De acordo com a porta-voz da família, Lisa Pak, as autoridades canadenses que visitaram Lim recentemente tiveram a impressão de que "a sua saúde agora pode ser um motivo de preocupação".

Pak acrescentou que há também preocupação com o estado emocional do pastor, uma vez que ele foi detido pelo regime há mais de um ano e tem contato muito limitado com sua família.

"Embora seja uma boa notícia, ouvir que o Canadá enviou uma delegação para Pyongyang na semana passada, nós estamos esperando ouvir a melhor notícia: que o Rev. Lim irá voltar para casa", disse Pak. "Confiamos que o Canadá está fazendo todo o possível para obter a sua libertação e exortamos as autoridades canadenses a continuarem engajadas nas negociações diplomáticas nos níveis mais altos possíveis".

Joseph Pickerill, o porta-voz do ministro das Relações Exteriores Stéphane Dion, disse à CBC News que o governo canadense está batalhando pelos "direitos e bem-estar" de Lim.

"Os funcionários consulares estão prestando assistência ao Sr. Lim e sua família. Somos gratos porque conseguimos visitá-lo", disse Pickerill. "No caso do Sr. Lim, não há mais nenhuma informação possa ser compartilhada".

Embora os funcionários do governo e membros da família estejam preocupados com a saúde de Lim, o pastor disse à CNN, durante uma entrevista no início deste ano que ele está recebendo cuidados médicos e três refeições por dia.


Prisões
Autoridades norte-coreanas também prenderam outro missionário cristão da América do Norte no ano passado.

Cidadão dos Estados Unidos, Kim Dong Chul, um antigo morador da Virginia, foi preso no ano passado sob a acusação de que ele estava "espionando o programa de mísseis nucleares do governo".

No final de março, Kim 'confessou' que tinha espionado o regime. No entanto, forçar confissões públicas é uma medida comun na Coreia do Norte.

Pelo 14º ano consecutivo, a Coreia do Norte é classificada pela missão internacional Portas Abertas como o país onde os cristãos são mais perseguidos.

De acordo com a Portas Abertas, atualmente cerca de 50.000 a 70.000 cristãos sofrem em campos de trabalho na Coreia do Norte.

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