Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela Faculdade Nazarena do Brasil, professor de Teologia em cadeiras teológicas, pastorais e na área de música e adoração.

Alisson Magalhães

Que leva um servo e um Senhor a um relacionamento t&atilde;o &iacute;ntimo? O que leva um rei, por exemplo, a lan&ccedil;ar m&atilde;o de seu passado humilde como pastor para explicar sua rela&ccedil;&atilde;o com aquele que ele tanto ama? O que leva um rei a lembrar da vara, do cajado r&uacute;stico, das ovelhas quando tem &agrave; sua disposi&ccedil;&atilde;o cetros de ouro, servos pessoais e toda a grandeza da corte?
O salmo 23 &eacute;, sem d&uacute;vida, um dos trechos mais conhecidos &ndash; se n&atilde;o for o mais conhecido &ndash; de toda a B&iacute;blia. S&oacute; de visualizar os verdes pastos pintados por Davi em nossa mente j&aacute; ficamos mais relaxados com a paisagem emoldurada pelo salmista. Neste belo hino, o grande rei retrata em seis vers&iacute;culos a jornada da vida de todo ser humano e nos mostra como &eacute; importante ter o Senhor por perto em todos os momentos.
Nos tr&ecirc;s primeiros vers&iacute;culos Davi nos leva pelas paisagens escondidas em sua pr&oacute;pria alma, contemplando um Deus de amor que nos traz conforto, alegria, paz e descanso. No verso 4, como uma esp&eacute;cie de mudan&ccedil;a no andamento da can&ccedil;&atilde;o, ele insere alguns elementos que n&atilde;o deveriam estar presentes; pelo menos n&atilde;o do nosso ponto de vista. S&atilde;o elementos que n&atilde;o combinam com os pastos verdejantes do verso 2. Afinal de contas, nos nossos pastos verdejantes n&atilde;o conseguimos encontrar lugar para? Vale da sombra da morte? Advers&aacute;rios? Vara e cajado? Sim, sim e sim.
Davi era um rei que havia passado por esses locais e sabia que mesmo quando nossa vida pode ser descrita como o quadro emoldurado do verso 2, atr&aacute;s das colinas da vida, l&aacute; onde ningu&eacute;m procura, est&atilde;o o vale da sombra da morte, os advers&aacute;rios e sim, a necessidade de corre&ccedil;&atilde;o. O rei n&atilde;o tentava passar uma ideia triunfalista de uma vida pacata e tranquila, onde quando estamos com Deus ficamos livres de problemas.&nbsp;
O Salmo 23 n&atilde;o &eacute; um seguro contra as tempestades da vida, e sim a garantia de que voc&ecirc; n&atilde;o ser&aacute; vencido por elas com o Senhor ao seu lado. Quantos buscam no salmo 23 um seguro ao inv&eacute;s de uma garantia?
Outro ponto interessante s&atilde;o as figuras que Davi usa neste salmo, que revelam aspectos da sua pr&oacute;pria intimidade com o seu Deus. Tanto a figura da rela&ccedil;&atilde;o 'pastor-ovelha' quando a do 'Hospedeiro-h&oacute;spede' demonstram que o salmista desenvolvera e nutria um profundo relacionamento pessoal com Deus, a ponto de encontrar n'Ele o consolo durante suas lutas e prova&ccedil;&otilde;es. O verso 4 - "Tu est&aacute;s comigo" - denota essa busca constante pela presen&ccedil;a confortadora e alentadora do Senhor, bem como sua pronta resposta.
Os vers&iacute;culos 5 e 6 mostram um Davi assentado &agrave; mesa com o Senhor, e &eacute; bom salientar que eram tempos de turbul&ecirc;ncia e persegui&ccedil;&atilde;o. A express&atilde;o "na presen&ccedil;a dos meus advers&aacute;rios" ilustra o per&iacute;odo dif&iacute;cil na vida do salmista durante o qual ele encontrava abrigo em seu Senhor sentado &agrave; sua mesa, gozando do refrig&eacute;rio de Sua presen&ccedil;a.
Ficamos atemorizados quando as prova&ccedil;&otilde;es v&ecirc;m, mantendo uma atitude de desespero e pavor frente a nossos inimigos? Ent&atilde;o precisamos aprender a investir tempo com o Senhor para provar de Sua doce e gloriosa presen&ccedil;a, que &eacute; refrig&eacute;rio em tempos de guerra e descanso em tempos de dificuldade.
Pensamos na paisagem do quadro pintado pelo rei no verso 2 como um lugar f&iacute;sico, um lugar que almejamos alcan&ccedil;ar para estar, descansar de vez em quando, mas gosto de pensar que o segredo de Davi era que aquele n&atilde;o era um lugar que ele almejava estar, e sim o seu segredo: O quadro do verso 2 era o interior daquele que espera e descansa em Deus, e o tem como senhor. Ainda que a tempestade se levante l&aacute; fora, nossa alma est&aacute; num pasto verdejante.
Sabe, na sua jornada pessoal, Davi descobriu algo poderoso: Que o Senhor nos ministra de Suas pr&oacute;prias caracter&iacute;sticas quando passamos tempo com Ele. Estar com Deus &eacute; se fazer mais parecido com Ele, e quanto mais passamos tempo com o Senhor, mais e mais vamos sendo moldados &agrave; sua imagem. Sentir a bondade e a miseric&oacute;rdia do Senhor sendo derramadas em nossas vidas em tempos de tribula&ccedil;&atilde;o &eacute; tudo o que precisamos.&nbsp;
Busque-o. Coloque aos Seus p&eacute;s todos os seus receios e todas as suas batalhas di&aacute;rias; deixe que Ele lute por voc&ecirc;. Os problemas at&eacute; poder&atilde;o continuar, mas com o b&aacute;lsamo do Senhor derramado em nossas vidas, "O nosso c&aacute;lice transborda". N&atilde;o h&aacute; melhor esconderijo, melhor abrigo, mesa mais farta do que a presen&ccedil;a do Senhor dentro de n&oacute;s. Experimente deitar em Sua grama verde e fresca! Sua vida - e sua morte - nunca mais ser&atilde;o as mesmas.&nbsp;
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Alisson Magalh&atilde;es &eacute; Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teol&oacute;gicas, pastorais e na &aacute;rea de m&uacute;sica e adora&ccedil;&atilde;o. Autor do livro Cristianismo 4.0 &ndash; Desafios para a comunica&ccedil;&atilde;o crist&atilde; no s&eacute;culo XXI, &eacute; publicit&aacute;rio, jornalista, Consultor e Especialista em Comunica&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, Marketing Pol&iacute;tico e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde tamb&eacute;m atua como Chefe de Gabinete no munic&iacute;pio de Palmeira/SC.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/alisson-magalhaes/ano-novo-vida-nova.html">Ano novo, vida nova?</a>

O que leva um rei a lembrar da vara, do cajado rústico, das ovelhas quando tem à sua disposição cetros de ouro, servos pessoais e toda a grandeza da corte?

Descobrindo descanso no bom pastor

A verdadeira transforma&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a quando mudamos nossa mente. &Eacute; a maneira como encaramos os desafios, redefinimos metas e olhamos para o futuro que realmente dita o rumo do que vir&aacute;.
Evolu&iacute;mos quando decidimos ver oportunidades onde antes enxerg&aacute;vamos obst&aacute;culos. Crescemos quando trocamos o medo pela coragem de tentar algo novo. Transformamos nossa realidade quando entendemos que mudar a mente &eacute; o primeiro passo para mudar o mundo ao nosso redor.
Neste novo ano, experimente um novo olhar. Mude sua mente, mude seus h&aacute;bitos, mude sua hist&oacute;ria.
Porque quando a mente muda, tudo ao seu redor muda junto.
Feliz Ano Novo! Que 2025 seja o ano da&nbsp;sua&nbsp;evolu&ccedil;&atilde;o.
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Alisson Magalh&atilde;es &eacute; Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teol&oacute;gicas, pastorais e na &aacute;rea de m&uacute;sica e adora&ccedil;&atilde;o. Autor do livro Cristianismo 4.0 &ndash; Desafios para a comunica&ccedil;&atilde;o crist&atilde; no s&eacute;culo XXI, &eacute; publicit&aacute;rio, jornalista, Consultor e Especialista em Comunica&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, Marketing Pol&iacute;tico e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde tamb&eacute;m atua como Chefe de Gabinete no munic&iacute;pio de Palmeira/SC.
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Talvez, mas só se você mudar sua forma de pensar. 

Ano novo, vida nova? 

Quando as chuvas devastadoras assolaram o Rio Grande do Sul, deixando um rastro de destrui&ccedil;&atilde;o e desespero, a calamidade revelou, mais uma vez, as diversas faces da humanidade. Em momentos como esses, emergem tanto os her&oacute;is quanto os vil&otilde;es, e nossa capacidade de discernir um do outro &eacute; posta &agrave; prova.
No meio do caos, sempre surgem figuras extraordin&aacute;rias. S&atilde;o os volunt&aacute;rios, os profissionais de emerg&ecirc;ncia e os cidad&atilde;os comuns que arriscam suas vidas para salvar estranhos. Esses her&oacute;is an&ocirc;nimos nos lembram do potencial humano para a compaix&atilde;o e o altru&iacute;smo, reacendendo uma chama de esperan&ccedil;a e humanidade em meio &agrave;s &aacute;guas turbulentas.
Por outro lado, a trag&eacute;dia tamb&eacute;m atrai oportunistas que buscam capitalizar sobre o sofrimento alheio. Influenciadores que se apressam em posar para fotos em zonas de desastre, prometendo mundos e fundos sem a&ccedil;&otilde;es concretas, alguns pol&iacute;ticos ou empres&aacute;rios que veem na desgra&ccedil;a uma chance de lucrar ou aparecer. Esses atos de autopromo&ccedil;&atilde;o desvirtuam a ess&ecirc;ncia da lideran&ccedil;a e da responsabilidade social, merecendo nosso rep&uacute;dio e vigil&acirc;ncia.
N&atilde;o menos nocivos s&atilde;o os &ldquo;cr&iacute;ticos de sof&aacute;&rdquo;, aqueles que, do conforto de suas casas, proferem julgamentos e oferecem solu&ccedil;&otilde;es simplistas para problemas complexos. Esses autoproclamados especialistas muitas vezes amplificam a desinforma&ccedil;&atilde;o e subestimam as nuances dos esfor&ccedil;os de resgate e recupera&ccedil;&atilde;o, atrapalhando todo um processo do qual n&atilde;o entendem.
Por&eacute;m, apesar das sombras que tais trag&eacute;dias lan&ccedil;am, o lado luminoso da humanidade frequentemente prevalece. As hist&oacute;rias de solidariedade e a mobiliza&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria para reconstruir e recuperar o que foi perdido nos fornecem um vislumbre do que o ser humano pode alcan&ccedil;ar quando unimos for&ccedil;as. Essa resili&ecirc;ncia comunit&aacute;ria, alimentada pelo esp&iacute;rito de ajuda m&uacute;tua e coopera&ccedil;&atilde;o, &eacute; o verdadeiro ant&iacute;doto contra o desespero.
As trag&eacute;dias naturais s&atilde;o, indubitavelmente, reveladoras. Elas exp&otilde;em as rachaduras no tecido da sociedade e destacam a for&ccedil;a e a beleza do esp&iacute;rito humano. Ao refletirmos sobre esses eventos, cabe escolhermos qual face queremos fortalecer. Punir e denunciar esses mercadores do caos &eacute; o &uacute;nico caminho sensato nestes momentos, deixando de dar audi&ecirc;ncia e relegando-os ao esquecimento.
A n&oacute;s, que possamos sempre optar por fortalecer o bem, as a&ccedil;&otilde;es significativas e o compromisso genu&iacute;no com o bem-estar coletivo. E que, mesmo nas horas mais sombrias, nunca deixemos de acreditar na capacidade de renova&ccedil;&atilde;o e esperan&ccedil;a que reside em cada um de n&oacute;s.
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Alisson Magalh&atilde;es &eacute; Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teol&oacute;gicas, pastorais e na &aacute;rea de m&uacute;sica e adora&ccedil;&atilde;o. Autor do livro Cristianismo 4.0 &ndash; Desafios para a comunica&ccedil;&atilde;o crist&atilde; no s&eacute;culo XXI, &eacute; publicit&aacute;rio, jornalista, Consultor e Especialista em Comunica&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, Marketing Pol&iacute;tico e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde tamb&eacute;m atua como Chefe de Gabinete no munic&iacute;pio de Palmeira/SC.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
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Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/alisson-magalhaes/o-plantador-de-tamaras.html">O plantador de t&acirc;maras</a>

Em momentos como esses, emergem tanto os heróis quanto os vilões, e nossa capacidade de discernir um do outro é posta à prova.

Caos no RS: As faces humanas da tragédia 

Era uma vez um anci&atilde;o que plantava t&acirc;maras no deserto. Um dia, enquanto estava concentrado em sua atividade, foi abordado por um jovem, que perguntou:
&mdash; Mas por que o senhor perde tempo plantando o que n&atilde;o vai colher?
O jovem sabia que as tamareiras levam entre 80 e 100 anos para produzir seus primeiros frutos. Aquele senhor n&atilde;o viveria para ver o resultado de seu trabalho.
O anci&atilde;o ent&atilde;o virou e respondeu assim:
&mdash; Meu bom jovem, se todos pensassem como voc&ecirc;, ningu&eacute;m colheria t&acirc;maras.
O decl&iacute;nio na intelig&ecirc;ncia entre gera&ccedil;&otilde;es &eacute; um sintoma alarmante de que algo fundamental est&aacute; faltando em nossa sociedade. N&atilde;o &eacute; apenas uma quest&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas inadequadas ou de sistemas educacionais falhos; &eacute; um reflexo de nossas escolhas coletivas, daquilo que valorizamos e priorizamos como sociedade. A educa&ccedil;&atilde;o, um pilar fundamental para o desenvolvimento intelectual e moral de qualquer na&ccedil;&atilde;o, parece ter sido relegada a um plano secund&aacute;rio, sujeita &agrave;s vicissitudes de decis&otilde;es pol&iacute;ticas desprovidas de vis&atilde;o de longo prazo.
A situa&ccedil;&atilde;o educacional no Brasil, como ilustrada pelos resultados preocupantes em avalia&ccedil;&otilde;es internacionais como o PISA e o Pirls, &eacute; um chamado &agrave; a&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o podemos nos dar ao luxo de ignorar o impacto profundo que a educa&ccedil;&atilde;o de qualidade tem sobre o futuro de nosso pa&iacute;s. Mas, para mudar essa realidade, precisamos de lideran&ccedil;as comprometidas com reformas educacionais profundas e sustent&aacute;veis, lideran&ccedil;as que vejam al&eacute;m do ciclo eleitoral e que se dediquem a plantar as t&acirc;maras que n&atilde;o colher&atilde;o.
Neste contexto, o voto consciente emerge como uma ferramenta poderosa nas m&atilde;os do cidad&atilde;o. Cada voto tem o potencial de contribuir para uma mudan&ccedil;a significativa, para a escolha de representantes que compartilhem da vis&atilde;o do plantador de t&acirc;maras, que se comprometam com o futuro de forma genu&iacute;na e que estejam dispostos a trabalhar arduamente pelo bem-estar das pr&oacute;ximas gera&ccedil;&otilde;es. O voto, portanto, n&atilde;o deve ser visto como um mero ato c&iacute;vico obrigat&oacute;rio, mas como um compromisso com o futuro, uma oportunidade de semear hoje as bases de uma sociedade mais justa, educada e pr&oacute;spera.
&Agrave; medida que nos aproximamos das urnas, o que importa &eacute; refletir sobre o tipo de futuro que queremos construir. Que a hist&oacute;ria do plantador de t&acirc;maras nos inspire a escolher l&iacute;deres que n&atilde;o apenas prometam resultados imediatos, mas que estejam dispostos a investir no longo prazo, na educa&ccedil;&atilde;o de qualidade que nossas crian&ccedil;as precisam e na constru&ccedil;&atilde;o de um pa&iacute;s que seja, verdadeiramente, um o&aacute;sis de sabedoria e prosperidade.
Assim, ao votar, lembremo-nos do anci&atilde;o no deserto, plantando t&acirc;maras que ele nunca colher&aacute;, mas que alimentar&atilde;o as gera&ccedil;&otilde;es futuras. Que nossos votos sejam as sementes para um Brasil melhor, n&atilde;o apenas para n&oacute;s, mas para nossos filhos e netos. Que possamos ser, todos, plantadores de t&acirc;maras, cultivando um futuro no qual a educa&ccedil;&atilde;o e a sabedoria flores&ccedil;am, guiados pela consci&ecirc;ncia de que cada escolha que fazemos hoje ressoa no amanh&atilde;.
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Alisson Magalh&atilde;es &eacute; Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teol&oacute;gicas, pastorais e na &aacute;rea de m&uacute;sica e adora&ccedil;&atilde;o. Autor do livro Cristianismo 4.0 &ndash; Desafios para a comunica&ccedil;&atilde;o crist&atilde; no s&eacute;culo XXI, &eacute; publicit&aacute;rio, jornalista, Consultor e Especialista em Comunica&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, Marketing Pol&iacute;tico e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde tamb&eacute;m atua como Chefe de Gabinete no munic&iacute;pio de Palmeira/SC.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
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Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/alisson-magalhaes/o-labirinto-da-verdade-navegando-com-seguranca-na-era-da-desinformacao.html">O Labirinto da Verdade: Navegando com seguran&ccedil;a na era da desinforma&ccedil;&atilde;o</a>

As tamareiras levam entre 80 e 100 anos para produzir seus primeiros frutos; quem as planta, faz isso para o futuro dos outros.

O plantador de tâmaras

Em um mundo saturado de informa&ccedil;&otilde;es, onde as not&iacute;cias viajam mais r&aacute;pido do que nossa capacidade de process&aacute;-las, a Lei da Precis&atilde;o da M&iacute;dia de Knoll ressoa com uma verdade desconfort&aacute;vel. Ela sugere que tendemos a confiar cegamente nas narrativas midi&aacute;ticas, exceto quando estas colidem com nosso conhecimento direto. Este fen&ocirc;meno, embora n&atilde;o novo, ganha contornos ainda mais complexos na era digital, onde a distin&ccedil;&atilde;o entre fato e fic&ccedil;&atilde;o se torna cada vez mais turva.
A confian&ccedil;a na m&iacute;dia, outrora inabal&aacute;vel, agora &eacute; posta &agrave; prova diariamente. Hist&oacute;rias sobre eventos dos quais temos conhecimento pessoal, muitas vezes, revelam discrep&acirc;ncias alarmantes quando comparadas &agrave; sua representa&ccedil;&atilde;o na m&iacute;dia. Isso nos leva a questionar: se tais erros s&atilde;o cometidos em hist&oacute;rias que conhecemos, o que dizer das in&uacute;meras outras das quais sabemos pouco?
Vivemos dias em que popularidade e fama, erroneamente, t&ecirc;m sido confundidas com autoridade. Celebridades, embora influentes, raramente possuem conhecimento profundo sobre temas complexos como mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas ou quest&otilde;es de sa&uacute;de p&uacute;blica. Sua influ&ecirc;ncia, embora vasta, deve ser analisada com um olhar cr&iacute;tico, questionando a base de sua autoridade al&eacute;m do apelo midi&aacute;tico.
O trabalho jornal&iacute;stico, na sua ess&ecirc;ncia, &eacute; uma corrida contra o tempo em busca da verdade. No entanto, a press&atilde;o por not&iacute;cias constantes e a competi&ccedil;&atilde;o por cliques t&ecirc;m, muitas vezes, colocado a precis&atilde;o em segundo plano. O paradoxo se estabelece quando, ao nos depararmos com erros em reportagens sobre temas que dominamos, rapidamente esquecemos essas falhas ao virar a p&aacute;gina, confiando na pr&oacute;xima hist&oacute;ria como se fosse imune aos mesmos equ&iacute;vocos.
Pense nisso. Quando voc&ecirc; confia na informa&ccedil;&atilde;o que uma pessoa lhe d&aacute;, e descobre que ela mentiu pra voc&ecirc;, voc&ecirc; continua acreditando na pessoa? Dificilmente. Por que, ent&atilde;o, continuamos acreditando na m&iacute;dia? Por que n&atilde;o usamos a mesma l&oacute;gica?
A solu&ccedil;&atilde;o para esse dilema n&atilde;o &eacute; simples, mas come&ccedil;a com o desenvolvimento de um ceticismo saud&aacute;vel. Questionar, verificar fontes e buscar m&uacute;ltiplas perspectivas s&atilde;o etapas fundamentais para construir um entendimento mais s&oacute;lido da realidade. O pensamento cr&iacute;tico torna-se, assim, uma ferramenta indispens&aacute;vel na era da desinforma&ccedil;&atilde;o, permitindo-nos discernir entre o que &eacute; factual e o que &eacute; fabricado.
Em &uacute;ltima an&aacute;lise, a Lei da Precis&atilde;o da M&iacute;dia de Knoll nos lembra da import&acirc;ncia de manter um questionamento constante e um olhar cr&iacute;tico sobre as informa&ccedil;&otilde;es que consumimos. Reconhecer a falibilidade da m&iacute;dia e, por extens&atilde;o, a nossa pr&oacute;pria, &eacute; o primeiro passo para navegar com mais seguran&ccedil;a no vasto mar de informa&ccedil;&otilde;es que nos cerca.
Ao fazermos isso, n&atilde;o apenas protegemos nossa capacidade de entender o mundo de forma mais precisa, mas tamb&eacute;m refor&ccedil;amos os alicerces da nossa democracia, que depende de cidad&atilde;os informados e questionadores.
Alisson Magalh&atilde;es &eacute; Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teol&oacute;gicas, pastorais e na &aacute;rea de m&uacute;sica e adora&ccedil;&atilde;o. Autor do livro Cristianismo 4.0 &ndash; Desafios para a comunica&ccedil;&atilde;o crist&atilde; no s&eacute;culo XXI, &eacute; publicit&aacute;rio, jornalista, Consultor e Especialista em Comunica&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, Marketing Pol&iacute;tico e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde tamb&eacute;m atua como Chefe de Gabinete no munic&iacute;pio&nbsp;de&nbsp;Palmeira/SC.
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Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/alisson-magalhaes/janelas-para-o-mundo-como-voce-enxerga-sua-realidade.html">Janelas para o mundo. Como voc&ecirc; enxerga sua realidade?</a>

Alisson Magalhães

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