Bono Vox apoia plano bilionário de combate à pobreza e ao terrorismo

O plano busca apoiar os refugiados - não apenas na Europa, mas também no Oriente Médio - e ajudar a reconstruir países que tiveram seus territórios destruídos pelos ataques a organizações terroristas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 13 de abril de 2016 às 13:22
Bono Vox participou de audiência no Congresso Nacional dos EUA, nesta terça-feira. (Foto: AP)
Bono Vox participou de audiência no Congresso Nacional dos EUA, nesta terça-feira. (Foto: AP)

O vocalista do U2, Bono Vox testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos na última terça-feira (12), em favor de um "Plano Marshal" de bilhões de dólares para fornecer ajuda aos refugiados em todo o mundo e, ao mesmo tempo, combater a crescente onda de extremismo.

O nome usado para caracterizar o plano faz referência a uma medida também adotada pelos Estados Unidos e outras potências para ajudar reconstruir países da Europa destruídos pela II Guerra Mundial. Neste caso, o plano seria destinar recursos para a reconstrução de nações - como diversas do Oriente Médio e da África - destruídas pelos ataques a grupos terroristas.

"Quando a ajuda é devidamente estruturada, com foco na luta contra a pobreza e nas melhorias de governo, isto só poderia ser o melhor baluarte que temos contra o extremismo de nossa época", disse o músico e ativista de Direitos Humanos ao subcomitê do Senado, que supervisiona a ajuda externa, de acordo com a Reuters.

Bono Vox, que é co-fundador do grupo de defesa internacional ONE, também lançou petições e campanhas que buscam sensibilizar para a situação de milhões de pessoas que lutam sob o peso da guerra e da perseguição religiosa / étnica - não só na Síria, mas também no Sudão do Sul, Somália e em outros lugares.

"Hoje, eu conheci pessoas invisíveis. As pessoas que não se sentem como se elas existissem. Algumas que nem sequer têm uma memória de outra casa, porque eles nasceram neste campo", escreveu Bono em uma carta aberta para o 'The New york Times' na última terça-feira.

"Eles foram exilados duas vezes. Primeiro de seu país de origem, em seguida, pelo país onde residem agora, em estacionamentos gigantes, permeados pelo desespero", afirmou.

Kelly Clements, alto comissário adjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, observou que "o momento que se vive agora, não se vive há décadas".


Bom humor
Em meio à discussão sobre a gravidade da crise com refugiados, Bono usou também de algum humor durante a audiência, sugerindo que o Senado também pode "enviar" comediantes como Amy Schumer, Chris Rock e Sacha Baron Cohen para neutralizar a mensagem extremista dos radicais islâmicos.

"Se vocês riem deles quando eles estão andando como gansos pelas ruas, então isto tira seu poder", disse ele.


Crise
Em seu artigo para o jornal New York Times, Bono refletiu sobre a importância de recordar não só os refugiados sírios, mas todos os outros que estão enfrentando crises também.

"Cinco das 10 principais nações anfitriãs dos refugiados estão na África sub-saariana. Seis das 10 melhores nações de origem dos refugiados estão na região sub-saariana. E acho que, pela primeira vez, este problema africano tornou-se um problema europeu", ele escreveu.

"A melhor fronteira da Europa já não é o Mediterrâneo e sim, um Sahel mais seguro, a região dos países ao sul do Saara, do Levante, os países do Mediterrâneo Oriental. Se a África falhar, a Europa não pode ter sucesso".

A campanha ONE organizou uma petição enviada ao Congresso, pedindo que os legisladores norte-americanos façam mais para proteger as pessoas mais vulneráveis ​​da pobreza e do extremismo.

"O desenvolvimento e ajuda humanitária são os investimentos na estabilidade, segurança e na luta contra o extremismo. Este é um legado norte-americano de orgulho, que custa menos de 1% do orçamento dos EUA e não podemos nos dar ao luxo de afastá-lo neste momento crítico", diz parte da petição.

Nesta quarta-feira de manhã, a petição já acumulava cerca de 19.000 assinaturas. O objetivo é reunir mais de 100.000 assinantes.

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