'Jihadi John' pode estar morto após ataque aéreo lançado pelos EUA na Síria

O bombardeio foi realizado em Raqa, cidade que sedia a organização extremista no norte da Síria, informou o Pentágono. Mohamed Emwazi teria sido atacado no momento em que deixava um edifício e entrava em um veículo.

Fonte: Guiame, com informações de G1Atualizado: sexta-feira, 13 de novembro de 2015 às 12:42
Mohammed Emwazi, no vídeo vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley. (Foto: Isis Grab Video)
Mohammed Emwazi, no vídeo vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley. (Foto: Isis Grab Video)
Os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (12) um ataque aéreo com drones na Síria que atingiu Mohammed Emwazi, conhecido como "Jihadi John" — cidadão britânico que apareceu decapitando reféns em vários vídeos do Estado Islâmico (EI).
 
O bombardeio foi realizado em Raqa, cidade que sedia a organização extremista no norte da Síria, informou o Pentágono. Mohamed Emwazi teria sido atacado no momento em que deixava um edifício e entrava em um veículo.
 
O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA Peter Cook não informou se Emwazi morreu, afirmando apenas que "os resultados da operação realizada durante a madrugada estão sendo avaliados e informações adicionais serão dadas quando for apropirado", segundo comunicado.
 
No entanto, as redes de televisão americanas ABC News e CNN afirmaram que, segundo fontes do alto escalão do governo americano, "Jihadi John" morreu nos ataques. Fontes militares deram a mesma informação à BBC.
 
Nesses ataques foram mortos um importante membro britânico do Estado Islâmico e três outros militantes estrangeiros, segundo informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
 
"Um carro que levava quatro líderes estrangeiros do Estado Islâmico, incluindo um jihadista britânico, foi atingido por ataques aéreos dos EUA perto do edifício do governo da cidade de Raqqa", disse Rami Abdulrahman, diretor do grupo de monitoramento sediado na Grã-Bretanha, à Reuters.
 
"Todas as fontes no local estão dizendo que o corpo de um importante jihadista britânico está em um hospital de Raqqa. Todas as fontes estão dizendo que é Jihadi John, mas não posso confirmar pessoalmente", acrescentou.
 
O governo britânico ainda não sabe se "Jihadi John" morreu no ataque, afirmou o primeiro-ministro David Cameron. "Ainda não temos certeza do sucesso do ataque" contra Mohammed Emzawi, mas a morte desse assassino bárbaro seria um golpe no coração do Estado Islâmico", afirmou em uma breve declaração.
 
Histórico
 
"Jihadi John" apareceu nos vídeos do EI que mostravam os assassinatos dos jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário americano Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning, e do jornalista japonês Kenji Goto.
 
Emwazi nasceu no Kuwait, em uma família apátrida de origem iraquiana. Em Londres, era um programador de informática.
 
Seus pais imigraram para a Grã-Bretanha em 1993 depois que seus pedidos de cidadania kuwaitiana fracassaram.
 
Identidade descoberta

Levou meses para que o mundo identificasse quem era o homem por trás da máscara a falar nos vídeos EI. Em fevereiro um amigo de longa data de Emwazi disse ao jornal 'Washington Post' que tinha "nenhuma dúvida" de que 'Jihadi John' era de fato Mohammed Emwazi.

No entanto, a fonte revelou que Emwazi estava com medo de que sua imagem, revelada como o carrasco do EI, venha a diminuir 'seu valor' para o grupo terrorista. 

Além disso, o califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi emitiu recentemente uma chamada para proibir o grupo terrorista liberasse quaisquer outros vídeos de execuções, devido a temores de que isto esteja prejudicando a imagem do grupo. Embora o grupo ainda possa liberar 'vídeos de propaganda' da organização, as imagens não devem incluir cenas de execuções.

Suposta fuga

Uma fonte acrescentou que Emwazi estaria supostamente temendo ira do mesmo grupo terrorista que ele promoveu. 

Em uma entrevista ao site britânico Express, uma fonte anônima revelou que Emwazi estaria fugindo do grupo terrorista na Síria em julho. A fonte acrescentou que o EI iria despejá-lo "como uma pedra ou algo pior, se eles sentissem que ele já não é de qualquer utilidade para eles".

De acordo com a fonte, Emwazi estaria com medo de que sua imagem revelada como o 'carrasco do EI' diminuísse 'seu valor' para o grupo terrorista. "É possível que ele acabe por ter o mesmo destino de suas vítimas", afirmou a fonte anônima na ocasião.

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