Terrorista 'Jihadi John' pode ser assassinado por militantes do próprio Estado Islâmico

Mohammed Emwazi tem 26 anos, nasceu no Kuwait, já morou em Londres é ainda é popularmente conhecido por seu pseudônimo de 'Jihadi John'. O terrorista tornou-se internacionalmente conhecido quando decolou jornalistas norte-americanos em 2014.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 28 de julho de 2015 às 20:40

Militante do Estado islâmico que tornou-se internacionalmente conhecido por ter executado jornalistas ocidentais no ano passado (2014), "Jihadi John" (como ele mesmo teria se apresentado na época) agora disse que teme por algum tipo de ação do grupo contra sua vida.

Mohammed Emwazi tem 26 anos, nasceu no Kuwait, já morou em Londres é ainda é popularmente conhecido por seu pseudônimo de 'Jihadi John'.

No meio do ano passado, Mohammed chocou o mundo ao aparecer em uma série de vídeos amplamente divulgados, degolando os norte-americanos Steven Sotloff, James Foley e Peter Kassig, bem como os trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning.

Nos vídeos, Emwazi também recitou mensagens de propaganda do EI antes de matar suas vítimas. Aqueles foram, sem dúvida, os primeiros vislumbres reais da barbárie à qual o Estado Islâmico realmente estava disposto a promover quando se tratava de implementar a sua marca por meio da 'jihad' ('guerra santa').


O perigo se aproxima

Embora Emwazi e seu rosto coberto por um capuz tenham se tornado parte da identidade visual do Estado Islâmico aos olhos de muitos no Ocidente, o rapaz agora estaria supostamente temendo ira do mesmo grupo terrorista que ele promoveu.

Em uma entrevista ao site britânico Express, uma fonte anônima reivindicou que Emwazi estaria fugindo do grupo terrorista na Síria há várias semanas. A fonte acrescentou que o EI iria despeja-lo "como uma pedra ou algo pior, se eles sentissem que ele já não é de qualquer utilidade para eles".

"É possível que ele acabe por ter o mesmo destino de suas vítimas", afirmou a fonte anônima.

Levou meses para que o mundo identificasse quem era o homem por trás da máscara a falar nos vídeos EI. Em fevereiro um amigo de longa data de Emwazi disse ao jornal 'Washington Post' que tinha "nenhuma dúvida" de que 'Jihadi John' era de fato Mohammed Emwazi.

"Ele era como um irmão para mim", disse o amigo anônimo. "Tenho certeza que é ele".

De acordo com a fonte, Emwazi está agora com medo de que sua imagem revelada como o carrasco do EI venha a diminuit 'seu valor' para o grupo terrorista.

Além disso, o califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi emitiu recentemente uma chamada para proibir o grupo terrorista liberasse quaisquer outros vídeos de execuções, devido a temores de que isto esteja prejudicando a imagem do grupo. Embora o grupo ainda possa liberar 'vídeos de propaganda' da organização, as imagens não devem incluir cenas de execuções.

A fonte acrescentou que Emwazi também está com medo de que outros militantes do EI que estão com 'ciúmes' de sua fama estejam conspirando para mata-lo.

Como Emwazi é suscetível de ser preso e processado por ter mutilado brutalmente inúmeras pessoas inocentes, ele deve fugir para a Grã-Bretanha ou para qualquer lugar fora do califado, segundo o relatório. A pós-graduação na Universidade de Westminster o teria provavelmente associado a outro grupo militante sírio, a fim de ajudá-lo a manter um perfil baixo.


Mau exemplo

Um antigo conhecido de Emwazi, que o conhecia dos tempos de escola, disse que é "risível" que Emwazi se considere muçulmano e tente justificar suas ações assassinas na fé islâmica.

"Ele fumava drogas, bebia e era violento para com os outros meninos", disse. "O fato de que ele se apresente como um muçulmano é ridículo e vergonhoso. Nunca o vi fazendo orações ou usando vestido islâmico. Ele nem sequer mencionar a religião".


Fraqueza

Este não é o primeiro sinal de fraqueza que o Estado Islâmico acaba deixando exposto. Recentemente, foram divulgadas cartas do próprio Osama Bin Laden, nas quais ele fazia duras críticas à criação da organização terrorista.

Outros fatos como desentendimentos entre o EI e seus aparentemente 'aliados' do Boko Haram também mostraram que o grupo parece não estar tão unido.

Agora, o homem que tornou-se um tipo de 'herói' para a organização pode ser simplesmente descartado pelo grupo terrorista que tem executado milhares de cristãos ao redor do mundo, em busca da instalação de um Califado.

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