Lula remove definitivamente embaixador brasileiro de Israel

Frederico Meyer foi transferido para Genebra, onde atuará como representante do Brasil na Conferência de Desarmamento da ONU.

Fonte: Guiame, com informações do UOL e CNN BrasilAtualizado: quarta-feira, 29 de maio de 2024 às 13:31
O diplomata Frederico Meyer. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O diplomata Frederico Meyer. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) removeu oficialmente o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, de Israel e o transferiu para Genebra, na Suíça, onde atuará como representante do Brasil na Conferência de Desarmamento da ONU.

Com essa nomeação, o diplomata é removido definitivamente de seu cargo em Israel. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (29). O decreto não indica um substituto para Meyer, em Tel Aviv.

Embora o ato não represente uma ruptura completa das relações diplomáticas com Israel, ele constitui o gesto mais contundente já tomado pelo Brasil contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Segundo informa o UOL, este movimento é um sinal aos israelenses sobre o nível de prioridade e relevância que o governo Lula deseja atribuir às relações com o governo Netanyahu.

Em fevereiro, devido aos comentários de Lula sobre a Segunda Guerra Mundial e a situação em Gaza, Israel declarou o presidente brasileiro como "persona non grata". O governo israelense também convocou o embaixador Meyer e exigiu que o Brasil pedisse desculpas, o que nunca aconteceu.

Após o ocorrido, o embaixador foi chamado de volta ao Brasil. Na semana passada, contudo, Meyer retornou a Israel e, nos últimos dias, chegou a assinar telegramas oficiais direcionados aos demais embaixadores brasileiros, indicando que estava em Tel Aviv. No entanto, em nenhum momento comunicou ao governo de Israel que havia retomado seu posto, o que significa que ele, de fato, não reassumiu suas funções.

A retirada do embaixador brasileiro ocorre pouco antes de uma decisão do Tribunal Penal Internacional sobre o pedido de sua procuradoria para emitir uma ordem de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

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