O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que já tem data marcada para uma operação das FDI (Forças de Defesa de Israel) para destruir os batalhões restantes do Hamas, conforme notícias do The Jerusalem Post.
Os EUA criticaram a decisão alegando um possível desastre humanitário. Segundo as notícias atuais, há cerca de 1,3 milhão de civis palestinos refugiados na cidade.
“Desde o início da intervenção israelita na Faixa de Gaza, a população de Rafah passou dos 180 mil para mais de 1,3 milhão devido à fuga de muitos civis para a cidade”, mencionou a CNN.
Para Netanyahu, porém, a intervenção em Rafah determinará o fim do conflito, já que o objetivo da guerra é destruir totalmente o grupo terrorista. “A vitória está à vista, e ela só é possível com a derrota do Hamas”, disse o primeiro-ministro em fevereiro, conforme publicação do Guiame.
“Esta vitória exige entrar em Rafah e eliminar os batalhões terroristas de lá. Isso acontecerá, há uma data”, disse em breve mensagem de vídeo que divulgou ao público, na noite de segunda-feira (8).
Netanyahu explicou depois que as FDI removeram a Brigada 98 de Gaza, uma medida considerada necessária para que as tropas pudessem descansar e se reagrupar antes de qualquer outra atividade militar no enclave.
‘EUA não apoiam planos de ataque em Rafah’
A medida tomada pelo exército israelense, no entanto, gerou especulações de que Israel tinha decidido não enviar as FDI para Rafah.
O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçou deixar o governo se as FDI não entrassem em Rafah ou se encerrassem prematuramente a guerra. Israel esclareceu que não pode expulsar o Hamas de Gaza sem tal operação.
Por outro lado, o Conselheiro de Comunicações de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse aos repórteres: “Temos deixado claro e de forma consistente que não apoiamos uma grande operação terrestre em Rafah”.
“Eu também acrescentaria que não vemos quaisquer sinais de que uma operação terrestre tão importante seja iminente, ou que estas tropas estão sendo reposicionadas para tal operação”, disse Kirby.
“Os israelenses nos garantiram que não haverá operações em Rafah e nos arredores até que tenhamos a oportunidade de conversar mais detalhadamente com eles sobre as opções e alternativas viáveis para uma grande operação terrestre”, continuou.
O presidente dos EUA, Joe Biden, avisou Netanyahu numa conversa telefônica, na semana passada, que mudaria a sua política em Gaza, a menos que Israel fornecesse suprimentos humanitários suficientes aos palestinos no enclave e garantisse a proteção dos civis ali.
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